Uns
confiam em carro, e outros, em cavalos, mas nós faremos menção do nome do
Senhor, nosso Deus. (Sl. 20.7 R.C)
Este texto tem um fundo histórico muito
interessante que precisamos conhecer para entender melhor a mensagem contida
nele.
O povo de Israel era mesmo um povo
diferenciado dos demais da sua época, digo do tempo de Josué, dos Reis, dos
profetas. Entre tantas diferenças existentes quero destacar apenas uma para
esclarecimento do nosso tema. Diz respeito à preparação para a guerra, enquanto
todos os povos ao seu redor eram experimentados na arte da guerra, Israel fora
escravo. Evidentemente os povos eram armados. A força bélica da época consistia
em carros, cavalos e cavaleiros treinados para a guerra. O poder de força era
medido pela quantidade de carros e cavalos com que o adversário se apresentava.
Quando se colocavam frente a frente nas
batalhas já podiam fazer uma prévia de como seria aquela guerra e qual deles
estava mais confiante. Evidentemente que isso já era uma vantagem muito grande
para os soldados, um incentivo. Daí a fama dos egípcios, assírios, babilônicos,
etc. E o que dizer de Israel? Em que consistia
a sua força?
Comecemos a analisar o texto de Js. 11.4 “ Saíram, pois, estes e todos os seus
exércitos com eles, muito povo, em multidões como a areia que está na praia do
mar, e muitíssimos cavalos e carros. Todos esses reis se ajuntaram, e vieram, e
se acamparam junto às águas de Merom, para pelejar contra Israel.
Imaginem como seria essa guerra, a confiança
dos inimigos de Israel como estava e a deste? Todavia o Senhor Deus disse a
Josué para que eles não os temessem porque o Senhor os daria todos feridos
diante dos filhos de Israel. Bem, eles estavam alcançando grandes vitórias com
ajuda de Deus, e esta era mais uma delas. Mas e os carros e cavalos que eles conquistavam
nas guerras? Este é o ponto importante da mensagem.
Observemos a última parte do verso 6 do cap. 11:
“Os seus cavalos jarretarás e os seus
carros queimarás a fogo”. Ou seja, os carros e cavalos não poderiam servir
para Israel, pois eles não poderiam ter nada que aparentemente intimidasse os
inimigos. Na realidade há dois pontos importantes. Os inimigos deveriam mesmo
subestimar a Israel e este por sua vez deveria colocar a sua confiança tão somente
em Deus. O Senhor
nunca permitiu que a confiança de Israel estivesse nos recursos humanos, mas
que eles esperassem sempre no Senhor.
Eis a razão do cântico do salmista, enquanto
os inimigos estão confiantes em seus carros e cavalos e certos da vitória e
partem com toda a confiança para cima de Israel, este mesmo não tendo
as condições humanas necessárias para vencer a guerra, faz menção do Nome do
Senhor dos Exércitos.
Lembremos sempre das promessas do
Senhor e continuemos confiantes na batalha, pois nessa peleja não temos que
pelejar. Estejamos em pé e vejamos o grande livramento do Senhor. Irmãos essa guerra não
é nossa, ela é de Deus, ele peleja por nós. Ainda que as nossas forças sejam
poucas lembremos de I Reis 6.16 “Não
temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles”. Se
os teus olhos têm visto de forma diferente peça ao Senhor para que abra a tua
visão e veja pela fé o grande livramento do Senhor!