Toda a pesquisa de um texto, ou um estudo,
pressupõe evidentemente que se comece por um texto. Logo, o primeiro passo é ir
até ao texto – isso é Eisegese – é adentrar o texto. Contudo, o problema é que
muitos levam pensamentos, ideias adquiridas de terceiros para dentro do texto e
quando sai do texto sai com poucas novidades. Muitas vezes se vai ao texto
buscando confirmação daquilo que já é um pensamento formado e isso constitui a Eisegese.
É colocar ideias no texto que não foi a intenção do autor.
Quanto ao termo, exegese significa: “extrair,
tirar fora, conduzir fora”. Exegese é, pois, a extração dos pensamentos que
assistiam ao escritor ao redigir determinado documento.
A exegese vale-se dos princípios, das regras e
métodos hermenêuticos. Por isso não há como examinar o texto sem o conhecimento
das regras da hermenêutica. Deste modo não há como separar hermenêutica da exegese,
embora, aquela preceda esta.
O primeiro passo de quem estuda as Escrituras é
entender o texto em sua origem. Esse é o primeiro momento da hermenêutica, entender
o sentido e o significado do texto para seus primeiros ouvintes. Por mais
absurdo que seja a interpretação para os dias atuais. Nesse primeiro momento não
cabe espiritualização do texto, tão pouco contextualização (aplicação).
A partir do momento que se está de posse do
sentido e significado original do texto, chegou o momento da hermenêutica própria
dita, é a hora da interpretação. Esta é a ocasião para se descobrir a
pertinência do texto para os dias atuais. Agora é com a interpretação do texto.
Por isso se faz necessário conhecer a diferença entre “compreensão textual e
interpretação textual”.
Caso o trabalho exegético não seja bem feito,
haverá prejuízo para a interpretação e consequentemente para a aplicação. Uma leitura
“rasa”, ou seja, superficial não irá possibilitar uma boa compreensão
textual. Siga os passos desse quadro. Quanto a aplicação está a cargo da
homilética.