Web Rádio AD Potim

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quarta-feira, 26 de abril de 2023

Participantes de Uma Herança Eterna

 


Pela ressurreição de Jesus nascemos novamente para uma sermos participantes de uma grande herança. Esta herança tem uma característica maravilhosa, totalmente contrária à que os olhos humanos contemplam nesta terra. Esta herança é incorruptível, ou seja, ela é incapaz de se corromper, ela é imputrescível, inalterável e inatacável.

E Jesus ensinou os seus discípulos a buscar exatamente esta riqueza, a valorizar, a priorizar a herança que se encontra no Reino de Deus e não nos dos homens. A explicação se encontra em Mt 6.19 pois na terra a traça e ferrugem consomem e ladrões minam e roubam. Características totalmente diferentes da qual está reservada para aqueles que estão em Cristo.

A grande questão aqui não diz respeito à proibição de possuir bens materiais, mas sim de onde está o coração do homem, pois onde estiver o seu tesouro aí estará o seu coração. Isso diz respeito à aquilo que o homem irá priorizar, valorizar ou vai se sacrificar. Dessa forma a instrução de Jesus é para colocar o seu coração na existência de algo que é eterno (Mt. 6.33).

Pedro escreve para quem tem direito a esta herança e diz que estes estão guardados, conservados na virtude de Deus mediante a fé. Muito interessante essa colocação que está de acordo com os ensinos de Jesus, assim como os de Paulo. A fé é condição de entrada a esta herança, mas é a virtude de Deus que nos conserva.

Virtude de Deus é o mesmo que poder de Deus. Quem tem fé está conservado nesta virtude. Deus é o nosso protetor; assim nos lembramos dos salmistas que se expressaram dessa forma. Entenderam perfeitamente que Deus é o refúgio e fortaleza, alto refúgio, socorro, etc. Assim como também é o lugar de sombra para o calor escaldante (Sl 91.1).

A virtude é como uma “bolha protetora” e a fé é a forma de se manter nela. A Bíblia diz que sem fé é impossível agradar a Deus e a razão está exatamente nisso que a incredulidade sendo o inverso da fé nos tira da proteção e logo estamos vulneráveis às coisas terrenas que agradam aos olhos, mas são passageiras.

A lição é para permanecermos nesta virtude e valorizar a nossa herança. Nunca ser como um pródigo que desperdiça os bens da família, mas ao contrário trabalhar para que seja conservado ou então que aumente, pois um dia estará em nossas mãos. No entanto, o cuidado com tudo isso depende de cada um de nós hoje. Portanto não desfalecemos em nossos corações, antes sejamos firmes na obra do Senhor.

terça-feira, 25 de abril de 2023

A Grande Obra do Pai





O apóstolo Pedro inicia a sua carta com uma ação de graças pela grande obra que o Pai realizou em nosso favor por meio de Seu Filho Jesus Cristo. Pedro segue, evidentemente, os ensinos de Jesus como, por exemplo, na oração do Pai Nosso que primeiramente exalta o Poder de Deus “Pai nosso que estás nos céus, santificado seja teu nome...”; em João 16.23 o Senhor Jesus diz que tudo o que os seus discípulos pedissem ao Pai em o Nome de Jesus, o Pai concederia. Portanto a sequência correta é esta: todo o pedido deve ser dirigido ao Pai, é Ele que nos abençoa com o Seu grande poder.

Contudo, como o homem pecador vai se aproximar de um Deus Justo e Santo sem ser consumido? O próprio Deus apresentou a solução para este grande problema. Deu Seu Filho unigênito para morrer em lugar do homem afim deste ter o acesso livre até a Sua presença. O homem por sua natureza está separado da presença de Deus, ou seja, não há vida espiritual no homem, apenas a física.

E nessa condição anda em trevas, conforme Paulo escreve à igreja de Éfeso 2, o homem sem Cristo está morto em ofensas e pecados, andando segundo o curso deste mundo. Também caminhando segundo o desejo da carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos. O homem, então, por sua natureza é filho da ira.

Mas Deus deu Seu Filho unigênito para morrer em nosso lugar, neste caso temos Jesus tomando a condição do homem e assim morrendo na cruz porque o salário do pecado é a morte. Jesus nunca teve pecado, mas Deus o fez pecado por nós para que nele nos tornássemos justiça de Deus (II Cor 5.21; Gl. 3.13). Contudo, este Jesus que se fez maldição por nós o Pai o fez Senhor e Cristo (Atos 2.36) na Sua ressurreição. E é exatamente isso que Pedro reconhece quando diz “Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”.

Por meio da morte de Jesus na cruz o Pai pagou o preço do nosso resgate. Antes estávamos nas trevas escravizados pelo pecado, contudo, com a morte de Cristo fomos libertos. Além do resgate pelo sangue de Jesus vertido na cruz também fomos remidos dos nossos pecados, ou seja, tivemos toda a nossa antiga dívida quitada pela morte de Jesus. Dessa forma podemos agora comparecer diante de um Deus que é Santo.

Por isso quando nos aproximamos de Deus invocamos o Nome Poderoso de Jesus, pois assim estamos recordando toda a obra por Ele realizada por nós na cruz. Pedro diz que Ele é Senhor. E foi o próprio Pai que o deu por nós e também o ressuscitou dentre os mortos com o Seu grande poder para constituí-lo Senhor de tudo e de todos. Conforme Paulo escreve aos Filipenses 2.9-11.

Jesus tomou o nosso lugar e assim morreu por nós na cruz, mas após a Sua ressurreição somos nós que somos favorecidos pela sua vida. Que troca maravilhosa, quem faria tal coisa por alguém. Primeiro Ele toma o nosso lugar – de morte – depois Ele nos coloca em Seu lugar – de vida eterna.

Deus enviou Jesus às partes mais baixa da terra para nos resgatar e nos posicionar nas partes mais altas do Reino Celestial – lugares celestiais em Cristo Jesus. Da morte para a vida. É isso que Pedro nos diz: Ele – Deus – nos gerou de novo. Toda essa obra é o próprio Deus que realiza em Cristo Jesus e para a Sua glória.

Falar de “gerou de novo” é o mesmo que regeneração, assim como nascer de novo, ou, novo nascimento. Diz respeito à conversa de Jesus com Nicodemos que significa nascer do alto, nascer da vontade de Deus. Todo o homem tem sua primeira geração, no entanto, como já dito sem a vida de Deus. É necessário nascer do alto para ver o Reino de Deus. E Pedro diz que Deus nos gerou de novo pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos.

A morte de Jesus tem o seu significado assim como a sua ressurreição, nada é por acaso. É tudo conforme o propósito daquele que projetou a obra de redenção do homem. A morte e ressurreição tem um objetivo muito nobre – encher o coração do homem com uma viva esperança. Assim como Jesus ressuscitou dentre os mortos todos aqueles que creem em sua obra vicária também um dia ressuscitarão (I Cor 15.51-52).

terça-feira, 18 de abril de 2023

Vem Agora, Pois, Te Enviarei!


 Neste texto de Êxodo (3.7-12) temos o cumprimento de uma promessa de Deus feita a Abrão em Gn 15.13-16 “Então, disse a Abrão: Saibas, decerto, que peregrina será a tua semente em terra que não é sua; e servi-los-á e afligi-lá-ão quatrocentos anos. Mas também eu julgarei a gente à qual servirão, e depois sairão com grande fazenda. E tu irás a teus pais em paz; em boa velhice será sepultado. E a quarta geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia” (Grifo meu). Neste tempo em que Moisés se encontra no Monte Horebe por conta das ovelhas de seu sogro tem a revelação de Deus a respeito do seu chamado.

Chamado é exatamente o propósito de vida de cada um dentro de um projeto de Deus. Moisés está no lugar certo, na hora certa; não no que diz respeito ao seu plano humano, mas ao plano de Deus. Moisés nesta ocasião tem mais ou menos 80 anos de idade, já vivera os primeiros 40 no palácio e agora vivera mais 40 anos como pastor de ovelhas, não por acaso.

Por meio do seu novo ofício foi treinado por Deus em várias áreas da vida social, aprendeu lidar com animais totalmente dependentes de cuidados. Aprendeu a viver sob pressão extrema no deserto e vales em diferentes situações de tempo.

Até que se cumpre o tempo determinado por Deus. Quando meditamos sobre o controle absoluto que Deus tem do tempo, das circunstâncias devemos descansar a nossa alma. Embora o caminho do homem na terra seja cheia de surpresas e obstáculos, para Deus não há nada novo. Nada destas coisas podem frustrar os planos de Deus.

No verso 10 Deus diz para Moisés: Vem agora, pois... Vamos analisar essa primeira parte do versículo. O primeiro ponto é a respeito da urgência do chamado, “vem agora”, então, o momento é este, é o tempo de Deus. O que temos que fazer para Deus nunca será no tempo humano, mas sempre no de Deus. Não pode ser adiantado e nem tão pouco protelado.

A outra parte do verso mostra que aquele que chama é o mesmo que envia. Não importa para onde ou para quem, o importante é que quem chama capacita.

Há de se observar que até aquele momento da vida de Moisés ele foi preparado, isso tanto para falar com faraó, como para caminhar por aquele deserto. Nem uma desculpa sequer em relação a isso seria cabível ou justificável diante de Deus.

Então ele começa a apresentar as suas limitações em relação à obra propriamente dita. Mas o homem que já fora preparado pelo próprio Deus, porque toda a sua história de vida estava intrinsicamente ligada ao chamado, agora, ele será capacitado.

Para cada limitação de Moisés o Senhor demonstra o Seu grande Poder, de modo que não há desculpas diante de Deus para a não realização do trabalho ao qual fomos chamados. Não devemos nos preocupar já fomos treinados e preparados, agora seremos capacitados com o Poder de Deus. Portanto, “vem agora, pois, e te Enviarei”.

sexta-feira, 14 de abril de 2023

Tudo é Possível ao Que Crê


Na meditação de hoje (14/04/23) no programa “Jesus é a Salvação” pela Web Rádio AD Potim li com os ouvintes Rm 10.17 e Mt 21.18-22. No primeiro texto Paulo nos diz que a fé vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus, em outra versão “pela pregação da Palavra de Cristo”. Comecei com este texto porque quis demonstrar o poder que é a Palavra de Cristo, ela não simplesmente contém Poder, ela é o próprio poder do Senhor. Ela também é o próprio Senhor.

Em João 1.1 diz que no princípio, era o Verbo, ou seja, a Palavra de Deus. João diz também que todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. Era o Verbo “Haja” de Deus. Deus criou tudo com o Seu Grande Poder e este é Jesus – o Poder de Deus, Sabedoria de Deus.

Por isso quando esta Palavra entra no ser humano é o próprio Poder de Deus dentro do homem lhe dando uma capacidade sobrenatural. O homem cheio desta Palavra é um homem cheio de Deus. Então o homem está pronto para agir conforme Deus, ou ainda melhor, Deus está agindo por meio do homem.

Jesus deixou o exemplo para nós, pois andou conforme a vontade do Pai. No segundo texto quando se aproxima da figueira e determina que nunca mais alguém comesse fruto dela, o texto diz que a figueira se secou imediatamente. Dá para imaginar que no momento que Jesus profere sua Palavra e a viagem desta até o cerne daquela árvore.

Por meio do profeta Isaías o Senhor Deus diz que Suas Palavras nunca voltam para Ele vazia, antes cumpre o que lhe apraz, cumpre aquilo para o qual ela foi enviada. No caso de Jesus com a figueira era para que ela se secasse e não aconteceu nada diferente. Palavra Poderosa.

Os discípulos ficaram abismados com o acontecido e então Jesus aproveita para ensiná-los a respeito de alguns princípios do Reino de Deus. O primeiro é que as palavras dos discípulos também poderia ter o mesmo poder, com apenas uma condição, eles deveriam ter fé e não dúvida em seus corações.

O estado natural do homem é de um coração cheio de dúvida em relação às coisas de Deus, ao modo de Deus agir. Deus criou o homem para governar a terra e dominá-la, isso é agir conforme Deus age, Ele governa. Porém quando entra o pecado na história humana, o homem perdeu a excelência de Deus – o Espírito Santo.

O homem aprendeu a se virar sozinho no mundo físico esquecendo-se cada vez mais do espiritual. O homem se adaptou ao mundo, e tornou-se independente do mundo espiritual, ou de Deus. Isso foi uma obra do diabo.

A bíblia diz que Jesus se manifestou para desfazer as obras do diabo. Por meio da sua morte na cruz reconciliou o homem com Deus. O que faltava para o homem não falta mais. Contudo, o homem se acostumou demais com a escuridão, com a escravidão. E disso temos exemplo no povo de Israel na época do Êxodo. Deus os libertou de vários anos de escravidão no Egito conduzindo-os para o deserto.

No entanto, ainda que livres fisicamente sempre agiam como escravos, inclusive o de não crer no sobrenatural de Deus. Assim a incredulidade faz parte do homem natural, pois ela nada mais é que a ausência da fé, ou seja, ausência de Deus.

Quando Jesus diz “se tiverdes fé e não duvidardes”, estava dizendo que quando os discípulos estivessem cheios da Palavra de Deus fariam o mesmo que Jesus fez à figueira, mas não somente isso, também diriam a um monte para ele se deslocar para o meio do mar e isso aconteceria.

No evangelho que registrou Marcos lemos que nada é impossível para aquele que crê. E realmente não é, porque quem crê age pela Palavra de Deus. De modo que não é um agir humano, mas um agir sobrenatural. É assim que Deus quer vivamos nesta terra, não atentando apenas no que é visível, mas sempre olhando para Jesus autor e consumador da nossa fé. E dessa forma glorificaremos ao Senhor nosso Deus. Ele não nos criou para derrota, mas sim para vitória.

quarta-feira, 12 de abril de 2023

PORQUE MANDAS, LANÇAREI A REDE!

 

Lucas 5.1-7

Nesta passagem bíblica temos Jesus ensinando a Palavra de Deus e a multidão o apertando para ouvir ainda mais, o que o leva a emprestar o barco de Simão Pedro que tendo trabalhado a noite toda não apanharam nenhum peixe e por isso lavavam a rede. Ao colocar à disposição do Mestre o barco, foi surpreendido com a recompensa do Senhor.

Após o ensinamento, Jesus pede para Pedro ir para o meio do lago e lançar sua rede, Simão Pedro demonstra para o Senhor que naturalmente isso seria impossível, pois eles já haviam pescado a noite toda e nada haviam apanhado. E eles eram hábeis pescadores e sabiam que o horário para a pesca no lago era de noite, de dia nenhuma boa pesca aconteceria naquele lago, principalmente com redes.

Não obstante ter apresentado a limitação natural, Simão Pedro resolve obedecer a Jesus “porque mandas, lançarei a rede”. E colheu o resultado da obediência que foi uma grande quantidade de peixe de maneira tal que quase iam a pique. Precisou de outro barco para auxilia-lo.

Nessa passagem bíblica há muitas lições para nós. A primeira está logo no v. 1 no que diz respeito à multidão querer ouvir a Palavra de Deus. A multidão estava sedenta e com fome, mas não de pão e água físicos. A fome era de ouvir a Palavra de Deus e orientação de Isaías é exatamente esta: quem tem fome e sede deve vir até ao Senhor para ser saciado.

Quando a multidão se depara com os ensinos de Jesus percebe o diferencia naquela pregação. Era uma mensagem que alcançava a alma sedenta. Assim apertam Jesus para ouvir ainda mais. Esta mesma graça deve estar presenta em quem ensina e prega a Palavra de Deus, quando isso existe a multidão vai se ajuntar para ouvir a Palavra de Deus.

Para a realização da obra de Deus, Jesus no caso, utilizou-se do barco de Simão Pedro. Essa é outra lição. Jesus está à procura de instrumentos para realização da obra de Deus, tanto ferramentas quanto as próprias pessoas. Na passagem se utiliza de algo que estava aos cuidados de Pedro, embora o Senhor seja criador de tudo, portanto, possuidor.

Quando existe a obediência à Palavra do Senhor os resultados são surpreendentes. Para o Senhor não há limites, não há impossível, assim como não existe horário improvável para acontecer um milagre, basta somente o seu querer.

Simão Pedro entendeu perfeitamente o princípio e usufruiu das bênçãos do Senhor, embora fosse conhecedor, hábil pescador e sabia com certeza que uma tentativa humana de lançar as redes em águas claras como do lago seria uma tentativa frustrante; contudo não deixou que o conhecimento humano o atrapalhasse de contemplar algo sobrenatural.

Ele obedece à Palavra de Jesus, mas ainda que esperasse um resultado que seria de acordo com as expectativas humanas, com certeza o Senhor Jesus o surpreendeu e muito. Talvez esperasse por milagre alcançar alguns quilos de peixes. Mas a surpresa foi grande, a quantidade de pesca foi muito além do imaginado - dois barcos de peixe. Quantidade que nunca tinha pescado antes.

Quando colocamos a nossa vida, os nossos dons, talentos, tempo e a nossa própria vida à disposição do Reino de Deus podemos esperar resultados extraordinários da parte de Deus. O Senhor sempre fará muito mais além do que pedimos ou imaginamos receber (Ef. 3,20). Dessa forma que aprendamos com esta passagem bíblica a confiar cada vez mais no Senhor e nos colocar cada vez mais à sua disposição. Tenham um dia abençoado na presença do Senhor.

sexta-feira, 31 de março de 2023

A GRANDE PROPOSTA DE DEUS

 


Em Gênesis 12.1-3 temos a chamada de Abrão que traz algumas características interessantes. A primeira delas é a respeito da renúncia, Deus manda Abrão sair do meio da sua terra, e da sua parentela, e da casa de seu pai. Em suma a proposta para Abrão é uma nova maneira de viver com Deus que no meio em que Abrão se encontrava não seria possível para ele. Por isso Deus manda sair.

A mensagem é entendida a partir de uma leitura mais aprofundada do texto bíblico. Um dos significados do verbo sair no hebraico יָלַךְ - yâlak (yaw-lak') é maneira de viver. Ou seja, a partir da chamada de Deus Abrão passaria a experimentar uma nova vida – é a proposta de Deus.

Logo de pronto Abrão obedece ao Senhor, mas não totalmente, porque sai da terra, mas leva consigo o pai e também o sobrinho Ló. Em Atos dos Apóstolos está registrado que a chamada de Abrão ocorre ainda em Ur do Caldeus, Mesopotâmia. Então vive em Harã até a morte do pai. Enquanto o pai está vivo a promessa não se cumpre, embora ainda esteja de pé porque fiel é o que prometera.

Após a morte do pai, Abrão desce em direção a Canaã, no entanto, ainda leva o sobrinho Ló até que a terra não suporta mais as duas famílias, momento em que têm que se separar. Após a separação de ambos o Senhor retorna para Abrão e renova a sua promessa (Gn. 13.14-18). Somente neste momento porque agora não está mais na sua terra e não tem mais o pai e nem parentela alguma.

A lição que aprendemos com este texto é a seguinte: não devemos ficar ligados à terra onde nascemos, não ficar presos à parentela. Infelizmente há muitos cristãos nessa situação. A promessa de Deus está de pé, mas ele não vê cumprimento, isso porque não está cumprindo com a vontade de Deus plenamente, às vezes pensa que estar em reuniões na igreja é o bastante.

Contudo é necessário abandonar algumas cargas do velho homem. Pare de ficar dependo dos outros. Pare de ficar dando ouvidos a conversas alheias que não dizem respeito à chamada de Deus para sua vida. Todas essas coisas apenas servem de distração e empecilhos para você chegar aonde Deus quer.

Lembre-se há uma condição de Deus para que a promessa se cumpra na íntegra. Como registrado acima, Deus requer mudança de vida. Mas tem quer ser uma mudança radical. Há muitas mudanças que o próprio Deus opera em nós, no entanto, outras dependem de nós. Isso não atrapalha Deus de cumprir, contudo, atrapalha o próprio homem que está sempre embaraçado com alguma coisa desta terra (Hb 12.1).

Lembre-se das palavras de Jesus em Lucas 9.23 que diz que quem quer segui-lo deve renunciar-se a si mesmo, tomar a cada dia a sua cruz e então segui-lo. Sem renunciar o que Deus espera que renunciemos não vamos alcançar sua promessa. Assim que tomarmos a decisão definitiva e colocar isso em prática o Senhor virá e renovará a Sua promessa e a cumprirá.

quinta-feira, 30 de março de 2023

IDENTIFICADOS COM CRISTO EM SUA MORTE, RESSURREIÇÃO E ASCENSÃO

 

Aprendemos nas Escrituras que somos identificados com o Senhor Jesus Cristo, não apenas em Sua morte (Rm. 6), mas também na Sua ressurreição e ascensão à direita do Pai. Jesus morreu pelos nossos pecados, o homem foi penalizado com a morte espiritual, ou seja, a separação de Deus; depois também experimentou a morte física, pois perdeu a verdadeira vida – a eterna.

Como Deus não criou o homem para a morte, Ele providencia a salvação em Cristo Jesus Seus Filhos que sofreu em nosso lugar a morte física e por ela pagou o preço do resgate. Mas a morte não pode segurar o príncipe da vida, assim o Pai o ressuscitou ao terceiro dia. Com a Sua ressurreição nós também ressuscitamos com Ele.

Dessa forma Jesus tomou a nossa morte e nos deu a Sua vida. Mas não apenas isso, Deus também nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo. A palavra “assentar” nos mostra a posição em que nos encontramos em Cristo.

A morte de Cristo é a principal demonstração do amor de Deus (Rm. 5.8) e a ressurreição é a principal demonstração do Poder de Deus.

O texto de Efésios 2.1-10 traz importantes ensinamentos sobre a velha vida de pecado e a nova vida em Cristo. A respeito da velha vida há 5 características que Paulo destaca:

1-  Morte espiritual em ofensas e pecados;

2-  Andar segundo o curso deste mundo;

3-  Andar segundo o príncipe das potestades do ar;

4-  Desejos da carne; e

5-  Ser por natureza filhos da ira.

Quanto à nova vida em Cristo (4-10) encontramos três características distintas:

1-  É uma vida iniciada em Deus – a primeira geração é em Adão (vida física); a segunda inicia-se em Deus (espiritual)

2-  É uma vida que tem sua origem na ressurreição e por fim;

3-  Obtemos a nova vida em Cristo.

Este texto de Efésios, assim como toda a carta, é de uma profundidade maravilhosa que demanda toda a nossa atenção. Os tópicos deste artigo tem o objetivo de despertá-lo para o assunto e assim pesquisar um pouco a mais a respeito.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Sem a Presença de Deus, Como Ficamos?

 Jz 6.1-10

Neste capítulo 6 de Juízes lemos que o povo fez o que era mal aos olhos do Senhor – entregou-se à idolatria. Esta significa não apenas imagem de escultura, mas sim tudo o que ocupa o lugar que pertence a Deus, o primeiro lugar. Em tudo na vida Ele deve sempre estar em primeiro lugar.

A idolatria é a porta de entrada para todos os tipos de pecado, uma vez que o Senhor perdeu a primazia agora Ele vai perdendo posição na vida do povo, da família, do indivíduo. Quando o homem se dá conta Deus não faz mais parte da sua vida, então começa a desgraça.

Isso tudo tem uma consequência drástica, o texto diz no v. 1 que Deus os deu (os entregou) nas mãos dos midianitas. Isso é a mesma coisa que:

·       Tirou a proteção;

·       Deixou-os à sua própria sorte; e

·       Retirou-se (Deus)

 

O povo de Deus deve sempre considerar que habita entre homens ímpios, na oração de Jesus ao Pai pelos discípulos pediu que não os tirasse do mundo, mas que os livrasse do mal (Jo 17.15). Conforme I Pe 5.8 o diabo anda ao derredor, apenas ao derredor, porque ao redor do povo está a PRESENÇA de DEUS. Mas quando esta presença é retirada, então o povo está vulnerável, está sozinho, ovelhas em meio aos lobos.

No livro de I Sam. 4 se tem o exemplo disso, os filisteus levaram a arca e mataram Hofini e Fineias, o sacerdote Eli ao saber da notícia cai da cadeira quebra o pescoço e morre. Sua nora ao saber que está viúva e que seu marido foi morto deu à luz ao filho que se chamou “Icabô”, ou foi-se  a Glória de Israel. Nos versículos 18 e 19 percebe-se que a maior preocupação, tanto de Eli quanto de sua nora, era com a Arca da Aliança que representava a PRESENÇA de DEUS, esta não poderia ser tomada.

Deus não precisa entregar ninguém ao diabo, basta tão somente Ele se retirar e então o povo está sem proteção! O povo precisa da PRESENÇA de DEUS, pois somente nela há proteção!

Sem a PRESENÇA de DEUS o povo tem que se virar sozinho diante das suas dificuldades. Assim o povo faz para si:

 

·       As covas nos montes;
·       As cavernas; e
·       As fortificações.


Todos recursos humanos inúteis.

A expressão de Eliseu em II Reis 6.16 só se torna em realidade na vida do povo quando conta com a PRESENÇA de DEUS. Em todo o tempo os inimigos serão maiores e em maior número que o povo de Deus. Sempre se unem para pelejarem contra o povo. Midianitas, amalequitas e filhos do oriente. Sempre vêm em multidão como gafanhotos e acabam com a novidade da terra (frutos), não deixam sustento algum, nem ovelhas, nem bois, nem jumentos, levam tudo.

Conforme o versículo 6 do capítulo 6 de Juízes “Israel empobreceu muito pela PRESENÇA DOS MIDIANITAS”.

Não há uma terceira opção ou você tem a PRESENÇA de DEUS ou então a PRESENÇA DOS INIMIGOS em meio ao quais você vive.

 

Momento da virada do povo de Israel

 

Tudo tem um tempo determinado por Deus, no caso de Israel foram 7 anos de escravidão. Mas quando se completou o Senhor ouviu o clamor do povo e desceu novamente ao seu socorro. E quando isso acontece o inimigo vai ter que correr porque o fraco dirá “eu sou forte”! Assim Deus ensina o Seu povo:

·        Deus libertou o povo, mas este se deixou escravizar;

·        Habitava em uma boa terra, mas dela não usufruía;

·        Renderam-se aos deuses da terra e não a Deus; e

·        Não deram ouvidos à Palavra de Deus.

 

Depois deste ensinamento Deus levantou um libertador para o povo de Israel, na ocasião Gideão. No entanto, o verdadeiro libertador é Jesus Cristo que veio para desfazer as obras do diabo – que é escravizar! (Jo 8.32,36).

 



quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Você Vive de Acordo com que os Seus Olhos Veem



 A grande questão é se você vive de acordo com que os seus olhos veem ou anda por fé.
14 E disse o Senhor a Abrão, depois que Ló se apartou dele: Levanta, agora, os teus olhos e olha desde o lugar onde estás, para a banda do norte, e do sul, e do oriente, e do ocidente; 15 porque toda esta terra que vês te hei de dar a ti e à tua semente, para sempre. 16 E farei a tua semente como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, também a tua semente será contada. 17 Levanta-te, percorre essa terra, no seu comprimento e na sua largura; porque a ti a darei. 18 E Abrão armou as suas tendas, e veio, e habitou nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e edificou ali um altar ao Senhor.(ARC)

Em Gn 12 Deus fez uma grande promessa a Abrão, contudo, primeiro era necessário sair da sua terra, da parentela, e da casa de seu pai, para a terra que Deus mostraria. Tal palavra implicava em uma mudança radical na vida de Abrão, exigia muita renúncia, principalmente a zona de conforto.

O lugar onde habitava era seguro, tranquilo e sem nenhum desafio. Após a morte do pai assumiria todo o seu legado, contudo, não era o que Deus planejara para ele; na realidade o que Deus tinha era muito mais.

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

5º SINAL - JESUS ANDA SOBRE O MAR

João 6.16-21


A fim de um melhor entendimento do texto se faz necessário o diálogo com os textos de Mateus e Marcos. 

Após Jesus ter multiplicado os pães e peixes e alimentado aquela grande multidão o povo quer levantar Jesus como seu rei com o propósito de se libertarem dos romanos, contudo Jesus se livra da multidão e sobe para o monte para ficar só e orar porquanto esta não era sua missão.

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Convite pra pregação.



Fui convidado para pregar e agora o que faço?

 

       Muito interessante a pergunta porque me fez refletir sobre a situação da pregação no Brasil, afinal o que é pregação? Mas antes de responder a esta pergunta, tratarei daquela.

         A grande questão é a seguinte: O pregador prega porque tem uma mensagem da parte de Deus para o povo, na situação da pergunta é o contrário, o “pregador” foi convidado para pregar, no entanto, não tem mensagem. A situação é gravíssima e mostra a situação caótica em que a igreja está vivendo na atualidade.

         No Brasil está realmente tudo invertido, seria como ter uma vaga em um hospital para médico especializado e simplesmente a diretoria responsável pela saúde encontra e chama você para ocupar a vaga, então você se pergunta: fui convidado para ser médico em tal hospital e agora?

         Bem agora você vai ler alguns livros e fazer algumas pesquisas e assume o cargo amanhã. Você faria isso? Mas por que se faz com a pregação? A pregação trata com algo mais urgente que a saúde física – a espiritual – e mais ainda; vida eterna. Vou fazer a pergunta de outro ponto de vista: você se trataria com o médico dessa situação hipotética? Pois é.

         É lamentável como muitos dirigentes de congregação e “pregadores” tratam a pregação. Na realidade quem se encontra em uma situação como essa não pode dizer que é pregador. Pregação é um ministério, é uma chamada de Deus, e não de homem.

         O pregador sempre tem uma mensagem da parte de Deus para entregar para o povo. Nunca ocorrerá de ficar perguntando e agora o que faço? Contudo a resposta é simples: não faça. Porque você pode estar usurpando um lugar que não é seu, ao menos quando nem sabe do porquê que foi convidado.

         Pregação é o ato de proclamar uma mensagem. Henry Ward Beecher a chamou de “a arte de conduzir os homens de uma vida mais baixa a outra mais elevada”. O pregador é comparado a um arauto do rei. Já imaginou um arauto ir para frente de um povo reunido e não ter consigo a mensagem do rei para entregar? Então para não perder a viagem ou a oportunidade tira algumas coisas da cabeça para falar ao povo. E o povo recebe como que recebendo do próprio rei. Mas um dia o rei tomará conhecimento deste ato atrevido daquele que se passou por um arauto e falou algo que o rei não falou!

segunda-feira, 11 de maio de 2020

Exegese e Eisegese

Toda a pesquisa de um texto, ou um estudo, pressupõe evidentemente que se comece por um texto. Logo, o primeiro passo é ir até ao texto – isso é Eisegese – é adentrar o texto. Contudo, o problema é que muitos levam pensamentos, ideias adquiridas de terceiros para dentro do texto e quando sai do texto sai com poucas novidades. Muitas vezes se vai ao texto buscando confirmação daquilo que já é um pensamento formado e isso constitui a Eisegese. É colocar ideias no texto que não foi a intenção do autor.

Quanto ao termo, exegese significa: “extrair, tirar fora, conduzir fora”. Exegese é, pois, a extração dos pensamentos que assistiam ao escritor ao redigir determinado documento.

A exegese vale-se dos princípios, das regras e métodos hermenêuticos. Por isso não há como examinar o texto sem o conhecimento das regras da hermenêutica. Deste modo não há como separar hermenêutica da exegese, embora, aquela preceda esta.

O primeiro passo de quem estuda as Escrituras é entender o texto em sua origem. Esse é o primeiro momento da hermenêutica, entender o sentido e o significado do texto para seus primeiros ouvintes. Por mais absurdo que seja a interpretação para os dias atuais. Nesse primeiro momento não cabe espiritualização do texto, tão pouco contextualização (aplicação).

A partir do momento que se está de posse do sentido e significado original do texto, chegou o momento da hermenêutica própria dita, é a hora da interpretação. Esta é a ocasião para se descobrir a pertinência do texto para os dias atuais. Agora é com a interpretação do texto. Por isso se faz necessário conhecer a diferença entre “compreensão textual e interpretação textual”.

Caso o trabalho exegético não seja bem feito, haverá prejuízo para a interpretação e consequentemente para a aplicação. Uma leitura “rasa”, ou seja, superficial não irá possibilitar uma boa compreensão textual. Siga os passos desse quadro. Quanto a aplicação está a cargo da homilética.

             Leia também sobre a Hermenêutica Bíblica.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Mt 24.15

Mt 24.15

Na continuidade do estudo de Mt 24 será analisado o versículo 15. “Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo (quem lê, que entenda)”. Portanto é necessário relembrar o capítulo 9.26,27. Estude as Setenta Semanas de Daniel.

Na metade da última semana em que foi tirado o Messias a profecia diz a respeito do povo do príncipe que viria destruiria a cidade e o santuário e que haveria guerra até ao fim, portanto estão determinadas as assolações.  Observe que reaparece a expressão já estudada anteriormente – até ao fim – agora aparece uma nova expressão “destruição da cidade e do santuário”. Fica claro que é a cidade de Jerusalém e o templo, qualquer entendimento textual diferente é forçar o texto.

É sempre necessário marcar um referencial par o estudo, no caso é o momento em que o Messias fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre as asas das abominações virá o assolador e isso até a consumação. Bem retornando para a fala de Jesus em Mt. 24 tem-se o momento exato da profecia de Daniel – o Messias ainda está presente, ou seja, ainda não terminou a primeira metade da última semana. Contudo, ainda está respondendo à pergunta dos discípulos “quando serão essas coisas” estudo das três perguntas. Jesus dá um novo referencial.

Estava próxima a morte de Jesus com a qual ele seria então tirado e cessaria os sacrifícios, como já visto que eram sombras que se cumpriram no próprio Cristo. Então segundo o ensino de Jesus para seus discípulos o versículo profético de Daniel ainda não havia se cumprido, contudo eles (os discípulos) veriam o início do cumprimento (v. 15).

Na aula presencial chamo a atenção para o cuidado que se deve ter com as epígrafes, pois separam os assuntos fracionando a leitura e muitas vezes induzindo à interpretação preconcebida como, por exemplo, a epígrafe entre os vvs. 14 e 15 que diz que o assunto a ser tratado é respeito da grande tribulação. Bem não deixa de ser uma grande tribulação que viria, mas não é a respeito da “A grande tribulação” e mesmo porque a expressão nem mesmo aparece no texto.

Na realidade o cumprimento deste versículo (15) se deu com a invasão do comandante romano, Tito. Isso foi terrível para os judeus que viram a cidade de Jerusalém sendo invadida e o templo sendo destruído cumprindo-se a profecia de Daniel e o que Jesus falara que não ficaria pedra sobre pedra. Portanto, Dn 9.27 última parte do versículo e Mt 24.15 estão no mesmo tempo.  Com essa guerra e as que se seguiriam muitos judeus foram mortos.

Segundo a profecia de Daniel isso duraria até ao fim. Como já estudado o fim se dará com a volta de Jesus e Ele próprio alerta os seus discípulos para não dar atenção para aqueles que marcariam a sua volta, pois quando ela ocorrer todos os olhos hão de ver não será de modo secreto. No nosso próximo estudo v. 29.

sábado, 21 de setembro de 2019

Entendimento textual e Interpretação de texto




Três dicas importantes

Uma das maiores deficiências daqueles que falam a auditórios nos dias de hoje, como por exemplo em igrejas, está em não dominar essas duas artes acima mencionadas. Infelizmente muitos ainda têm aquela ideia de que a fala tem de ser “inspirada” – entende-se por inspirada aquela fala improvisada. Contudo, isso é um ledo engano porque o discurso preparado pode ser inspirado e, além disso, ser elegante. Lembrando que o fato de um discurso religioso ser inspirado ou não, não está ligado ao improviso ou ao preparo. Mas este não é o conteúdo da nossa conversa no momento.
A nossa conversa hoje é a respeito de entendimento textual. Sendo assim quero deixar aqui três dicas importantes sobre o assunto para aqueles que querem explanar a Palavra de Deus.
A primeira dica é lembrar-se que a Bíblia possui duas naturezas – a espiritual e a humana. A nossa abordagem é a respeito da natureza humana. Quando se trata de natureza humana estamos falando de que a Bíblia é um livro e, portanto, sujeito a regras de gramática do vernáculo em que foi escrito, em nosso caso, evidentemente, o português. Por isso buscar o conhecimento do assunto acima colocado não prejudicará a parte espiritual, mas sim será um aliado do orador para a parte humana. Lembre-se que Deus conta com o homem para a nobre tarefa da pregação e, portanto, quanto mais preparado estiver será vaso útil para o Senhor (Ec 10.10).
A segunda dica é dedicação à leitura, afinal para se alcançar uma boa compreensão de um texto é imprescindível muita leitura. Caso você não tenha prazer na leitura, então não poderá também falar com segurança e autoridade. Muitos pensam que uma leitura rasa do texto já o habilitará para a fala diante de um auditório. E quando menciono a muita leitura não é apenas de textos sagrados, mas também de outros textos que contribuam para o aumento principalmente do nosso vocabulário.
 A terceira dica é anotar tudo que lhe chamou a atenção no texto que você leu. Todos os textos possuem partes importantes que a um leitor superficial não é percebido. Você pode começar anotando o assunto principal do texto, depois ache a divisão natural do texto como, por exemplo: introdução, desenvolvimento e conclusão. Uma vez feito isso anote também as palavras principais do texto e as que você não conhece, com um auxílio de um dicionário, busque o sinônimo da tal palavra não só para a compreensão do texto, mas também para aumentar o banco de dados do seu conhecimento com novas palavras.
Essas são as dicas para o momento, acompanhe as nossas publicações que virão com novidades e em breve também cursos de hermenêutica e homilética.

sábado, 13 de abril de 2019

A Pregação de João Batista



O Senhor manifestaria Sua salvação, porém a terra estava muito irregular, então o Senhor envia seu anjo a sua frente para lhe preparar o caminho, pois o Senhor caminharia por veredas aplanadas e não tortuosas. Se viesse e encontrasse a terra nessa situação então ela seria ferida. Para tanto a profecia de Is 40.3 e 4 deveria primeiramente se cumprir. Tudo para que a salvação do Senhor fosse vista e o sentido de vista aqui não é simplesmente visualizar, mas experimentar, viver, participar. Caso os homens não vissem a salvação, seriam destruídos juntamente com os demais. Então o caminho deveria ser preparado.
Essa preparação seria revelada através do batismo que era a demonstração física e pública do arrependimento dos pecados. Aquele que é batizado demonstra a todos arrependimento e que alcançou perdão dos pecados e está pronto para ver a salvação do Senhor.
A palavra arrependimento é de origem grega e significa conversão que por sua vez significa mudança de direção e mudança de mente; mudança de atitudes, temperamento, caráter.
O batismo não deveria ser apenas uma demonstração pública vazia, ou seja, destituído de significado para aquele que estava descendo às águas. Realizado apenas por medo. O batismo deveria ser seguido de frutos dignos de arrependimento (v. 8). Esses frutos estão relacionados nos vv. 11-14.
Não era simplesmente descer às águas e continuar vivendo da mesma maneira, antes dali em diante viver uma vida de piedade diante do Senhor. E para tanto, João alerta que o machado está posto à raiz da árvore. Se o fruto for bom (real arrependimento) permanecerá, caso contrário, a árvore será cortada e lançada no fogo. Afinal de que serve uma árvore que não produz bons frutos para o Senhor? (Jo 15.16)
A pregação de João é tão incisiva e cheia de poder que o povo pensa ser ele o próprio Cristo. Mas ele diz que ainda estava por vir o que era mais poderoso que ele, pois ele batizava com água; mas aquele, com Espírito Santo e com fogo. Ele fará uma obra muito maior e terrível, portanto, arrependam-se.
Então podemos concluir que as veredas do Senhor não podem ser de altos e baixos, mas sim planos. O que deixa o caminho do homem tortuoso e irregular é o pecado. Abandonando o mesmo o caminho se torna então plano. E a partir daí o homem passa a viver, experimentar a salvação do Senhor e os bons frutos passam a ser produzidos por essa nova árvore.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Sem aplicação? Então você não pregou!




Michael Lawrence 14 de Outubro de 2015 - Igreja e Ministério
Você já se sentou em uma sala de aula pensando qual era o objetivo? Eu distintamente me lembro de sentir isso enquanto sofria durante as aulas de cálculo na faculdade. O curso era ministrado como se a aplicação dos princípios fossem autoevidentes. E talvez para os amantes da matemática na classe fossem. Mas para esse estudante de literatura i nglesa, era um exercício constante de reflexão puramente abstrata e uma derrota. Sem entender o verdadeiro mundo de aplicação, eu tinha dificuldade em entender porque precisava saber o valor de alguma coisa enquanto esta se aproximava do infinito, sem nunca realmente alcançar .
E se você foi um gênio em matemática, simplesmente se lembre de como você se sentia quando pediam para discutir o significado dos sonetos de Shakespeare.

sábado, 23 de março de 2013

Suposta Contradição



Qual foi a hora da crucificação – Se na hora sexta ele estava ainda sendo julgado, como Jesus poderia ter sido crucificado na hora terceira?

As duas primeiras citações se confirmam, e segue de acordo ainda com o que afirma o livro de  Mateus."E era a hora terceira, e o crucificaram." (Marcos 15:25)"E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até a hora nona.Escurecendo-se o sol; e rasgou-se ao meio o véu do templo.E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou." (São Lucas 23:44-46). No evangelho que escreveu João ficou um pouco diferente.

sábado, 12 de janeiro de 2013

A verdadeira confinça em Deus


Uns confiam em carro, e outros, em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor, nosso Deus. (Sl. 20.7 R.C)

Este texto tem um fundo histórico muito interessante que precisamos conhecer para entender melhor a mensagem contida nele.

domingo, 6 de janeiro de 2013

A apostasia e a perda da identidade cristã





A primeira lição da EBD de 2013 nos trouxe uma profunda reflexão sobre a apostasia; suas causas e conseqüências. Com um detalhe muito importante: o povo que estava em inteira apostasia não estava deixando Israel e se mudando para outro país, mas mesmo estando em Israel não adorava mais o Deus verdadeiro. Este é o pior aspecto da apostasia, apesar de estar na igreja não adorar a Deus como este deve ser adorado.
O primeiro tópico da lição tratou da aliança política de Acabe com os sidônios que se efetivou com o casamento com Jezabel. Este casamento misto trouxe consequências desastrosas para Israel e não seria diferente, pois era uma desobediência às leis de Deus. (Dt 7.3; II Cor 6.14,15). Uma das consequências foi a institucionalização da idolatria (I Reis 16.33) que suplantou o verdadeiro culto a Deus, não bastasse ainda era financiada pelo Estado.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

QUAL É O SEU PAPEL NA IGREJA DO SENHOR, MEMBRO OU DISCÍPULO?



O membro espera Pães e peixes; o discípulo é um pescador.
O membro luta por crescer; o discípulo por reproduzir-se.
O membro se ganha; o discípulo se faz.
O  membro  gosta  do  afago;  o  discípulo, do  serviço e do sacrifício.
O membro entrega parte dos seus desejos; o discípulo entrega sua vida.
O membro espera que lhe aponte a tarefa, o discípulo é  solícito em tomar a responsabilidade.
O membro murmura e reclama;  o discípulo  obedece  e nega a si mesmo.
O membro reclama que o visitem; o discípulo visita.
O membro vale porque soma, o discípulo porque se multiplica.
O membro sonha com a igreja ideal; o discípulo se  entrega  para fazer a igreja real.
O membro diz: Que bonito! O discípulo: Eis-me aqui!
O membro espera o avivamento na  Igreja; o  discípulo  é  parte dele.
O membro é forte soldado na trincheira de defesa; o discípulo  é um soldado invasor na trincheira do inimigo.
O membro é condicionado pelas  circunstâncias; o  discípulo  as aproveita para exercitar sua fé.
O membro é valioso; o discípulo é indispensável.

Autor: Autor Desconhecido