Jo 4.43-54
Jesus
permanece com os samaritanos dois dias, logo após parte para a Galileia; e os
galileus o receberam muito bem, por conta dos sinais que operara em Jerusalém
no dia da festa, pois eles também lá estavam. Era a segunda vez de Jesus em
Caná da Galileia, onde da água fizera vinho. Jesus vai a Caná porque em Nazaré
onde fora criado os seus não creram em seus sinais (Mt. 13.54-58). Conforme as
palavras de Jesus não há profeta sem honra, a não ser em sua própria pátria e
na sua casa.
Em
Caná da Galileia estava um oficial do rei que, na época era Herodes Antipas,
aqueles que João Batista apontara por tomar a mulher de seu irmão. O oficial
servia este rei em Caná, porém residia em Cafarnaum que distava 30 Km dali. E
onde deixara seu filho doente à beira da morte. E quando soube que Jesus estava
vindo pra li, em Caná, foi ter com Jesus rogando-lhe que descesse e curasse o
seu filho. Ele havia ouvido dos feitos de Jesus em Jerusalém e creu em seu
poder.
Diante
da situação o povo não fica sem a instrução de Jesus. No v. 48 Jesus repreende
a todos que ali estavam, afinal estavam apenas na expectativa de mais um sinal.
Porém, qual o significado e o resultado dos sinais na vida dessas pessoas?
Sempre vendo e querendo mais sinais, no entanto, sem reconhecerem Jesus como o
Filho de Deus, o Messias. O que se nota é que a visão está posta nos sinais e
não naquele para o qual o sinal aponta. Tanto é que permanecem em suas
incredulidades.
Contudo,
o oficial do rei terá uma experiência diferente. Na insistência de que Jesus
descesse com ele, Jesus profere uma palavra: “VAI, O
TEU FILHO VIVE”. E diz que o texto que o homem partiu sem Jesus, mas
com a Palavra. Aqui está a diferença entre o oficial e a multidão. A multidão
precisa ver o sinal para então crer; o oficial precisou apenas da Palavra de
Jesus, creu sem ver o sinal. A verdadeira fé não se origina a partir de
um sinal, mas sim pelo ouvir a Palavra de Jesus (Rm 10,17).
A
verdadeira fé reconhece que Jesus é o Cristo de Deus. Não importa se há sinal
ou não, a fé está na pessoa de Jesus e não naquilo que Ele pode dar ou fazer.
Essa fé é a que agrada a Deus. Mas como Ele é bom não deixa de atender também
as necessidades momentâneas.
No
v. 50 está presente está presente a natureza dessa verdadeira fé. Jesus disse:
“vai, o teu filho vive”, não foi uma palavra profética para o homem se apoderar
ou não. Quando Jesus proferiu, o teu filho vive, a 30 km de distância o milagre
aconteceu. O homem não viu o milagre, porém tomou posse da Palavra e partiu.
Quando chega perto da sua casa seus servos vêm ao seu encontro e dizem a mesma
palavra de Jesus: teu filho vive, então ele indaga a respeito do momento em que
a febre o deixara e disseram: ontem, às sete. Entendeu o homem que era a mesma
hora que Jesus proferira a Palavra. A sua fé foi então confirmada e creu em
Jesus ele e sua casa, ou seja, saiu do nível físico para o espiritual.
Alcançaram a salvação em Cristo Jesus.
Concluindo,
destaca-se que uma Palavra de Jesus quando liberada não há barreira de distância
para sua operação. As Suas Palavras são carregadas de Poder, tanto para
transformar água em vinho como também para curar. Como para transformar
substâncias Ele não precisa tocar, para curar não precisa estar presente. O
Poder está em Sua Palavra. Não a que é captada apenas pelo sentido humano, mas
sim a que o Espírito Santo ilumina no entendimento do homem dando-lhe poder
para tomar posse do sobrenatural de Deus.