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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Material de Apoio - Curso Professores EBD




Hermenêutica



É a disciplina da Teologia Exegética que ensina as regras para interpretar as Escrituras e a maneira de aplicá-las corretamente. Seu objetivo primário é estabelecer regras gerais e específicas de interpretação, a fim de entender o verdadeiro sentido do autor ao redigir as Escrituras. É a ciência da compreensão de textos bíblicos.
A hermenêutica propõe-se a postular métodos válidos de interpretação. Um método é todo processo racional usado para se chegar a determinada conclusões válidas. Em hermenêutica, refere-se às regras ou técnicas usadas para chegar ao conhecimento do significado original do texto.


Terminologia

O termo hermenêutica procede do verbo grego hermeneuein, usualmente traduzido por interpretar, e do substantivo hermeneia , que significa “interpretação”. Tanto o verbo quanto o substantivo podem significar “traduzir, tradução”, ou “explicar, explicação”.


Propósito da Hermenêutica

A hermenêutica propõe-se a auxiliar o obreiro e a qualquer estudante  da bíblia, a usar métodos de interpretações confiáveis, além de estabelecer os princípios fundamentais da exegese bíblica, como base para o estudo do texto na sua diversidade lingüística, cultural e histórica.
Além disso, podemos acrescentar que por fim, a hermenêutica auxilia o estudante a analisar criticamente, com critérios objetivos, os métodos e resultados de um estudo ou exegese de qualquer texto da bíblia.

Correlação entre Hermenêutica, Exegese e Eisegese

A hermenêutica precede a exegese. Esta, por sua vez, vale-se dos princípios, regras e métodos hermenêuticos em suas conclusões. O sentido literal do termo confunde-se com o vocábulo hermenêutica, de sorte que, às vezes, se usa os dois termos simultaneamente. Exegese é a aplicação dos princípios hermenêuticos para se chegar a um entendimento correto do texto. É o estudo do sentido literal do texto. Refere-se a ideia de que o intérprete está derivando o seu entendimento do texto, em vez de incutir no texto o seu entendimento. Enquanto a hermenêutica é a teoria da interpretação, a exegese é a prática. Teologicamente, a exegese é o capítulo da Teologia que estuda a interpretação, utilizando-se de modos formais de explicação, que podem ser aplicados a algumas passagens das Escrituras a fim de compreender o seu sentido. Já a Eisegese, consiste em manipular o texto para dizer o que ele não diz.
A finalidade da hermenêutica é muito mais do que interpretação. Sua finalidade é guiar-nos a uma compreensão adequada de Deus através de Cristo, a Palavra Encarnada. As interpretações dos textos do Antigo e Novo Testamento devem ter o efeito de uma preocupação evangelística e pastoral, mais do que técnica e documental. A hermenêutica deve ser um instrumento que conduz o homem a Deus.
Função da Hermenêutica e da Exegese Bíblica

Traduzir o texto original tornando-o compreensível em língua vernácula, sem sangrar o sentido primário;
Compreender o sentido do texto dentro de seu ambiente histórico-cultural e léxico-sintático;
Explicar o verdadeiro sentido do texto, em todas as dimensões possíveis (autor, audiência, condições sociais, religiosas, etc.);
Tornar a mensagem das Escrituras inteligível ao homem moderno; e
Conduzir-nos a Cristo.


sábado, 15 de dezembro de 2012

O Compromisso do Povo da Aliança



O livro do profeta Ageu.



O livro trata de três problemas comuns a todos os povos em todos os tempos e oferece três soluções inspiradoras àqueles problemas. O primeiro é o desinteresse (1.1-15). O povo havia retornado do exílio com o propósito determinado de reconstruir o templo em Jerusalém (Ed 1.2-4) e eles haviam iniciado sua tarefa determinada; mas a oposição apareceu, e o trabalho cessou. O povo havia se tornado mais preocupado com a construção de casas bonitas para eles mesmos, talvez numa tentativa de apagar a memória do seu exílio numa terra estranha (1.4). Para despertá-los da sua atitude de indiferença, Deus fala duas vezes ao povo. Primeiro eles precisam perceber que são infrutíferos (1.5-6), porque eles tinham abandonado a Casa de Deus e ido para sua própria casa (1.7-9). Todo o esforço deles para construir seu próprio reino nunca produzirá resultados permanentes. Após ver seu problema, o povo, precisa entender que Deus irá aceitar o que eles fazem, afim de que Deus seja glorificado, se eles entregarem a ele o que eles têm (1.8).
O segundo problema é o desencorajamento (2.1-9). Algumas das pessoas mais idosas do grupo que retornou do exílio tinham visto o templo de Salomão, quando eram ainda crianças, de modo que nenhuma construção, embora bonita, podia ser comparada com a glória daquele antigo templo (2,3). O desencorajamento das pessoas mais velhas havia rapidamente influenciado as mais jovens, de modo que, menos de um mês após o início da reconstrução, a obra do templo havia cessado. Mas, novamente, Ageu leva uma mensagem destinada a tratar decisivamente do desencorajamento. A solução tem duas partes: uma trata do problema urgente; a outra de uma solução de longo alcance. Por hora, basta ao povo esforçar-se e trabalhar (2.4). A outra serve para combater o desencorajamento é para os construtores saberem que eles estão construindo para o dia em que Deus encher  essa casa com a glória que será maior do que do templo de Salomão (2.9).
O último problema que Ageu tem de enfrentar é o problema da insatisfação (2.10-23). Agora que o povo está trabalhando, eles esperam uma inversão imediata de todos os seus anos de inatividade. Então, o profeta vai com uma pergunta aos sacerdotes (2.12-13) acerca das coisas limpas e imundas e da influência deles sobre outra. A resposta dos sacerdotes é que a imundície é infecciosa, enquanto a santidade não é. A aplicação é óbvia: não espere que o trabalho de três meses desfaça a negligência de dezesseis anos. A próxima palavra do Senhor ao povo é uma surpresa: “Mas desde este dia vos abençoarei” (2.19). O povo precisava entender  que as bênçãos de Deus não podem ser ganhas como pagamento, mas vão como dádivas graciosas de um Deus doador. Deus escolheu Zorobabel para ser um anel de selar (2.23), isto é, para representar a natureza de servo a ser cumprida, finalmente, no mais importante filho de Zorobabel, Jesus Cristo.