O livro do profeta Ageu.
O livro trata de três
problemas comuns a todos os povos em todos os tempos e oferece três soluções
inspiradoras àqueles problemas. O primeiro é o desinteresse
(1.1-15). O povo havia retornado do exílio com o propósito determinado de
reconstruir o templo em Jerusalém (Ed 1.2-4) e eles haviam iniciado sua tarefa
determinada; mas a oposição apareceu, e o trabalho cessou. O povo havia se
tornado mais preocupado com a construção de casas bonitas para eles mesmos,
talvez numa tentativa de apagar a memória do seu exílio numa terra estranha
(1.4). Para despertá-los da sua atitude de indiferença, Deus fala duas vezes ao
povo. Primeiro eles precisam perceber que são infrutíferos (1.5-6), porque eles
tinham abandonado a Casa de Deus e ido para sua própria casa (1.7-9). Todo o
esforço deles para construir seu próprio reino nunca produzirá resultados
permanentes. Após ver seu problema, o povo, precisa entender que Deus irá
aceitar o que eles fazem, afim de que Deus seja glorificado, se eles entregarem
a ele o que eles têm (1.8).
O segundo problema é o
desencorajamento
(2.1-9). Algumas das pessoas mais idosas do grupo que retornou do exílio tinham
visto o templo de Salomão, quando eram ainda crianças, de modo que nenhuma
construção, embora bonita, podia ser comparada com a glória daquele antigo
templo (2,3). O desencorajamento das pessoas mais velhas havia rapidamente influenciado
as mais jovens, de modo que, menos de um mês após o início da reconstrução, a
obra do templo havia cessado. Mas, novamente, Ageu leva uma mensagem destinada
a tratar decisivamente do desencorajamento. A solução tem duas partes: uma
trata do problema urgente; a outra de uma solução de longo alcance. Por hora,
basta ao povo esforçar-se e trabalhar (2.4). A outra serve para combater o
desencorajamento é para os construtores saberem que eles estão construindo para
o dia em que Deus
encher essa casa com a glória que será
maior do que do templo de Salomão (2.9).
O último problema que
Ageu tem de enfrentar é o problema da insatisfação (2.10-23). Agora que o povo está
trabalhando, eles esperam uma inversão imediata de todos os seus anos de
inatividade. Então, o profeta vai com uma pergunta aos sacerdotes (2.12-13)
acerca das coisas limpas e imundas e da influência deles sobre outra. A
resposta dos sacerdotes é que a imundície é infecciosa, enquanto a santidade
não é. A aplicação é óbvia: não espere que o trabalho de três meses desfaça a
negligência de dezesseis anos. A próxima palavra do Senhor ao povo é uma
surpresa: “Mas desde este dia vos abençoarei” (2.19). O povo precisava
entender que as bênçãos de Deus não
podem ser ganhas como pagamento, mas vão como dádivas graciosas de um Deus
doador. Deus escolheu Zorobabel para ser um anel de selar (2.23), isto é, para
representar a natureza de servo a ser cumprida, finalmente, no mais importante
filho de Zorobabel, Jesus Cristo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário