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quinta-feira, 3 de setembro de 2020

5º SINAL - JESUS ANDA SOBRE O MAR

João 6.16-21


A fim de um melhor entendimento do texto se faz necessário o diálogo com os textos de Mateus e Marcos. 

Após Jesus ter multiplicado os pães e peixes e alimentado aquela grande multidão o povo quer levantar Jesus como seu rei com o propósito de se libertarem dos romanos, contudo Jesus se livra da multidão e sobe para o monte para ficar só e orar porquanto esta não era sua missão.

terça-feira, 30 de junho de 2020

4º SINAL - JESUS O PÃO VIVO



Em sequência ao estudo está o quarto sinal registrado por João, lembrando que um sinal não tem sentido em si mesmo e portanto, não deve ser destacado ou valorizado, tampouco buscado com veemência; afinal ele apenas aponta para uma realidade que está além dele. E neste caso é mostrar que Jesus é o Filho de Deus, o Messias. Neste capítulo João narra que Jesus atravessa o lago de Tiberíades e ao chegar do outro lado já tem uma multidão a sua espera por conta dos sinais que operava sobre os enfermos. Nota-se que que a multidão não estava entendendo o papel principal dos sinais, estavam prestando atenção apenas neles e não olhando para a direção de quem eles apontavam. Jesus do outro lado sobe a um monte e se assenta com os seus discípulos.

Uma outra razão para se ajuntar tamanha multidão era a peregrinação para Jerusalém por conta da festa da Páscoa que estava próxima e provavelmente aquele lugar era uma das rotas utilizadas pelos peregrinos. Naquela ocasião Jesus levantando os olhos e vendo a grande multidão que vinha ter com Ele inicia uma aula para os seus discípulos e desta feita começa com uma pergunta a Filipe.

A pergunta é do tipo de retórica uma vez que o verso 6 diz que Jesus bem sabia o que tinha que fazer. Ela é totalmente pedagógica porque diz o texto que Jesus quis experimentar Filipe. É muito comum que Jesus experimente os seus discípulos e isso também faz parte das instruções. Contudo, Filipe não se sai bem neste teste. Ao invés de apresentar uma resposta de acordo com que já tinha visto o Mestre operar, ao contrário, apresenta uma resposta incrédula.

Percebe-se que não é só a multidão que não tem conhecimento pleno de quem era Jesus, mas também os seus discípulos. A visão tanto de um quanto de outro ainda é terrena, faltando, portanto, a espiritual. Os discípulos, embora ensinados por Jesus, ainda estavam sem a revelação plena que somente seria dada pelo Espírito Santo.
O valor apresentado por Filipe correspondia a mais ou menos oito meses de trabalho de um trabalhador comum. Ou seja, atualizado e considerando o salário mínimo, seriam necessários oito mil reais que segundo Felipe não seriam ainda suficientes para a multidão comer um pouco de pão. 
É notório que no momento da prova ou teste, aflora o que realmente está dentro do discípulo. Filipe ainda não tem uma segurança total em Jesus como Filho de Deus, o Messias.

Embora tenha visto Jesus transformar água em vinho, curar o filho do oficial do rei somente com o poder de Sua Palavra, dar saúde a um paralítico, tudo isso ainda não foi suficiente para crer que Jesus pudesse solucionar o problema atual. A situação de Filipe representa a mesma dos demais discípulos e também de muitos cristãos na atualidade.
Nos versos 8 e 9, André apresenta um rapaz com cinco pães e dois peixinhos. Um pouco diferente de Filipe, André apresenta uma solução, contudo ao mesmo tempo a dúvida, a incredulidade, um obstáculo. Tudo isso também demonstra o quanto eles estavam limitados à vida terrena cheia de desafios invencíveis. Porém, Jesus vai demonstrar o quanto é maravilhoso viver em Sua presença, ainda que em certos momentos como discípulos haja falha.

Jesus toma aquele pouco recurso apresentado e manda assentar os homens em número de quase cinco mil; dá graças e reparte aos discípulos e estes aos que estavam assentados e igualmente com os pães.
Depois de todos já estarem saciados, manda os discípulos recolherem as sobras. Então recolheram e encheram doze cestos. Aqui está o Filho de Deus, assim como operou todos os milagres mencionados pouco acima, opera mais este. Sacia a fome de uma multidão.

A maior lição de Jesus não é que Ele tem poder para também multiplicar pão, mas sim que Ele alimenta a alma faminta, no texto do cap. 6 Ele se apresenta como o Pão Vivo descido do céu. Assim como o povo foi alimentado no deserto, sustentado por Deus durante 40 anos, assim Jesus alimenta todos os que nele creem. 

Com uma grande diferença – aqueles que comeram do Maná no deserto morreram, os que se alimentam de Jesus nunca mais terão fome e viverão para sempre. A multidão se apressa para fazer de Jesus rei, mas Jesus se retira para o monte porque essa não era Sua missão – ser rei aqui na terra.

quinta-feira, 11 de junho de 2020

SINAIS DE JESUS SEGUNDO JOÃO


        Jo 20.30,31 “Jesus, pois, operou também, em presença de seus discípulos, muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome - ARC”.

         Este versículo apresenta o propósito de João ao escrever este evangelho, que a propósito é bem diferente dos sinóticos. Uma característica peculiar do livro é o fato do intuito do escritor não se encontrar no início do livro como é comum; exigindo assim do estudante, por primeiro, uma leitura completa do livro uma vez que isto – buscar o intuito do escritor - é um dos primeiros passos de quem deseja fazer um estudo do livro por completo.

         Cabe destacar que um sinal não tem significado em si mesmo, o seu objetivo é apontar para algo ou alguém que está além dele como por exemplo os sinais de trânsito que existem nas ruas; uma placa que indica um obstáculo não exige que o motorista freie o carro diante dela, mas lhe chama a atenção que o obstáculo propriamente dito está logo adiante; assim os sinais que Jesus operava não tinham significado e valor em si mesmos, porém eram para apontar para Jesus e que Ele era o Filho de Deus.

         Dessa forma observamos que o livro de João tem uma divisão muito clara entre o capítulo 2 e cap. 11.57. No v11 do capítulo 2 se lê “Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele”. É necessário observar que na maioria dos sinais há por parte de Jesus uma instrução logo em seguida. O propósito é que o povo note que somente Deus pode fazer tal coisa, fazendo assim uma relação com os sinais e aquele que os opera para se chegar à conclusão de que Aquele que ali está, ou é o próprio Deus ou é proveniente de Deus.

         Mas Jesus não deixa os homens apenas com os sinais Ele instrui os seus ouvintes aproveitando o acontecido. É muito importante observar que nenhum dos seus sinais foi operado por acaso, conveniência, para promoção pessoal, ou para satisfazer a multidão tão somente; cada sinal tem seu lugar, seu tempo, propósito, alvo específico e, principalmente em João, o seu contexto social. Portanto, ao estudar leve em consideração esses elementos.

         Dessa forma fica aqui um quadro para auxílio deste estudo.

clique nos links para ver os estudos

 

Sinais de Jesus no Evangelho segundo João

São ao todo sete milagres de Jesus que o autor chama de “sinais”.

Acontecimento ou ocasião

 

Jesus transforma água em vinho

A cura do filho de um oficial do rei

A cura do paralítico de Betesda

A multiplicação dos pães

Jesus caminha sobre o mar

A cura do cego de nascença

A ressureição de Lázaro

Referências

 

2.1-12

4.43-54

5.1-18

6.1-15

6.16-21

9.1-34

11.1-44







3º SINAL - TOMA A TUA CAMA, LEVANTA-TE E ANDA

5.1-18

O capítulo 5 inicia sobre a localização de Jesus e também onde aconteceu o milagre que era Jerusalém. Jesus subiu para lá por conta de uma das festas dos judeus, o texto não aponta qual delas, mas pela Lei todo o judeu deveria subir à Jerusalém pelo menos uma vez por conta das três principais festas – Páscoa, Tabernáculos e Pentecostes. E Jesus como um bom judeu que era também está lá.

O texto aponta também o local onde se encontrava o paralítico – um tanque chamado em hebreu Betesda (Casa da Misericórdia) que era uma extensão do grande templo de Salomão. Este tanque se encontrava perto de uma entrada que fora reconstruída na época de Neemias, junto a um portão por onde se trazia as ovelhas para o sacrifício, a porta das ovelhas, e o tanque era usado pelos judeus para o banho cerimonial. Com o passar do tempo foi utilizado pela multidão de enfermos conforme o aponta o versículo 4. Não há registro de ter acontecido algum milagre, o que parece ser mais uma crendice popular, até porque conforme o versículo 7, apenas receberia a cura o que descesse primeiro após a água ter sido agitada pelo anjo. O fato não condiz muito com o amor do nosso Deus, uma vez que diz que recebe aquele que chegar primeiro e somente este em um certo espaço de tempo.

Em meio a estes enfermos estava o paralítico que se encontrava neste estado – enfermo - há 38 (trinta e oito anos). O texto não diz que era de paralítico de nascença e nem que ele se encontrava à beira do tanque durante todo este tempo, diz: “havia trinta e oito anos, se achava enfermo – ARC”. (grifo nosso)

Quanto a cama não se pode imaginar uma tal qual se conhece hoje, mas sim em um tipo de colchonete que servia como cama e à noite podia até se enrolar para proteção do frio e também para fácil locomoção por parte daqueles que a utilizavam.

A situação deste tanque retrata exatamente a situação miserável em que o homem se encontra, dominado pelo pecado, por suas crendices, em uma falsa esperança. No versículo 14 Jesus ao se encontrar com o homem já curado diz-lhe: “não peques mais para que não te suceda coisa pior – ARC”, o que dá a entender que aquele homem estava enfermo por conta de pecado.

E o homem debaixo do pecado quer dizer que está na escuridão, separado de Deus, e nessa situação se agarra em muitas crendices alimentando falsas esperanças. A situação do homem era deplorável porque além de crer em uma falsa esperança, não podia contar com ninguém para ajudá-lo pois o ajudador não queria perder a sua vez. Assim o homem cria muitas falsas esperanças em algo que não pode lhe ajudar.

Cabe ressaltar o ambiente que Jesus frequentava, embora tenha subido à Jerusalém por conta da festa, não deixava de visitar os miseráveis da terra. Desde quando um religioso do templo visitaria tal lugar, mas Jesus passa por lá. E neste lugar de miseráveis Ele escolhe o pior para lhe dirigir a palavra. “Queres ficar são?” O paralítico relata a sua situação (v. 7).

Percebe-se que a visão do homem está totalmente posta no tanque, sua esperança está ali, sua atenção de tal modo de não prestar atenção em quem fala com ele e nem na pergunta pois poderia questionar o homem que com ele falava. Mas após a sua queixa Jesus diz: “levanta-te, toma a tua cama e anda”. E aquele dia era sábado. Leia o artigo sobre o sábado.

O grande destaque do texto está, além dos conflitos religiosos, no poder da Palavra de Jesus. A palavra dita no v. 8 teve um efeito extraordinário no corpo enfermo do homem. Imagine os nervos e músculos todos atrofiados, mas quando a Palavra adentra tudo que está desorganizado volta à organização e começa a funcionar perfeitamente como deve ser. E não dependeu da fé do homem pois sua confiança estava no tanque, ou seja, há situações em que é Jesus que quer agir e nestes casos não há impedimento (Is. 43.13c )

O homem ficou são, tomou a sua cama e partiu. Mas qual a grande surpresa dos judeus? A cura de um paralítico que estava enfermo há 38 anos e agora está são? Não, a surpresa está em carregar a cama no dia de sábado, ou seja, permaneça na sua miséria, mas não carregue uma cama neste dia. (leia também sobre a religiosidade na comunidade joanina)

O homem até então não sabia quem o curara até que o próprio Jesus o encontra no templo e o exorta. Este homem estava longe do templo a tanto tempo e na primeira oportunidade corre para lá, sim porque os defeituosos não podiam fazer parte do templo. E a exortação de Jesus é: muito melhor que estar no templo é não pecar, não basta uma vida de religião, o que importa é a comunhão com Deus. Então ele conta para os judeus que quem o curara fora Jesus.


2º SINAL - A VERDADEIRA FÉ


Jo 4.43-54

Jesus permanece com os samaritanos dois dias, logo após parte para a Galileia; e os galileus o receberam muito bem, por conta dos sinais que operara em Jerusalém no dia da festa, pois eles também lá estavam. Era a segunda vez de Jesus em Caná da Galileia, onde da água fizera vinho. Jesus vai a Caná porque em Nazaré onde fora criado os seus não creram em seus sinais (Mt. 13.54-58). Conforme as palavras de Jesus não há profeta sem honra, a não ser em sua própria pátria e na sua casa.

Em Caná da Galileia estava um oficial do rei que, na época era Herodes Antipas, aqueles que João Batista apontara por tomar a mulher de seu irmão. O oficial servia este rei em Caná, porém residia em Cafarnaum que distava 30 Km dali. E onde deixara seu filho doente à beira da morte. E quando soube que Jesus estava vindo pra li, em Caná, foi ter com Jesus rogando-lhe que descesse e curasse o seu filho. Ele havia ouvido dos feitos de Jesus em Jerusalém e creu em seu poder.

Diante da situação o povo não fica sem a instrução de Jesus. No v. 48 Jesus repreende a todos que ali estavam, afinal estavam apenas na expectativa de mais um sinal. Porém, qual o significado e o resultado dos sinais na vida dessas pessoas? Sempre vendo e querendo mais sinais, no entanto, sem reconhecerem Jesus como o Filho de Deus, o Messias. O que se nota é que a visão está posta nos sinais e não naquele para o qual o sinal aponta. Tanto é que permanecem em suas incredulidades.

Contudo, o oficial do rei terá uma experiência diferente. Na insistência de que Jesus descesse com ele, Jesus profere uma palavra: “VAI, O TEU FILHO VIVE”. E diz que o texto que o homem partiu sem Jesus, mas com a Palavra. Aqui está a diferença entre o oficial e a multidão. A multidão precisa ver o sinal para então crer; o oficial precisou apenas da Palavra de Jesus, creu sem ver o sinal. A verdadeira fé não se origina a partir de um sinal, mas sim pelo ouvir a Palavra de Jesus (Rm 10,17).

A verdadeira fé reconhece que Jesus é o Cristo de Deus. Não importa se há sinal ou não, a fé está na pessoa de Jesus e não naquilo que Ele pode dar ou fazer. Essa fé é a que agrada a Deus. Mas como Ele é bom não deixa de atender também as necessidades momentâneas.

No v. 50 está presente está presente a natureza dessa verdadeira fé. Jesus disse: “vai, o teu filho vive”, não foi uma palavra profética para o homem se apoderar ou não. Quando Jesus proferiu, o teu filho vive, a 30 km de distância o milagre aconteceu. O homem não viu o milagre, porém tomou posse da Palavra e partiu. Quando chega perto da sua casa seus servos vêm ao seu encontro e dizem a mesma palavra de Jesus: teu filho vive, então ele indaga a respeito do momento em que a febre o deixara e disseram: ontem, às sete. Entendeu o homem que era a mesma hora que Jesus proferira a Palavra. A sua fé foi então confirmada e creu em Jesus ele e sua casa, ou seja, saiu do nível físico para o espiritual. Alcançaram a salvação em Cristo Jesus.

Concluindo, destaca-se que uma Palavra de Jesus quando liberada não há barreira de distância para sua operação. As Suas Palavras são carregadas de Poder, tanto para transformar água em vinho como também para curar. Como para transformar substâncias Ele não precisa tocar, para curar não precisa estar presente. O Poder está em Sua Palavra. Não a que é captada apenas pelo sentido humano, mas sim a que o Espírito Santo ilumina no entendimento do homem dando-lhe poder para tomar posse do sobrenatural de Deus.


1º SINAL - JESUS TRANSFORMA ÁGUA EM VINHO

2.1-11

         Jesus não fazia sinal sem que houvesse um propósito específico.

Bodas era uma festa de casamento que durava ao menos uma semana e era obrigação dos pais da noiva alimentar, dar pousada e cuidar dos convidados enquanto durasse a festa. E o vinho era a bebida principal na cultura judaica, era o símbolo da alegria. Então faltar vinho era desonroso.

Esta festa onde se encontrava a mãe de Jesus, Jesus e também os seus discípulos era de uma família, aparentemente, simples pois não havia vinho suficiente para a festa toda. E Jesus é comunicado por sua mãe deste fato. Embora Jesus tenha respondido à sua mãe que seu tempo ainda não chegara, ela diz aos serventes que eles deveriam fazer tudo o que Jesus dissesse. Talvez como mãe conhecesse bem o seu filho ao ponto de ter essa segurança.

A palavra de Maria é sábia pois disse “fazei tudo quanto Ele vos disser”. Tal expressão não deve ficar sem destaque, afinal é assim que deve ser o procedimento de todos os homens, obedecer a Palavra de Jesus, é nisso que consiste a vitória, a solução do problema. Nunca ao contrário.

O destaque do milagre começa a surgir pois Jesus transforma água em vinho, ou seja, uma mudança ou transformação química que o ser humano não tem poder para fazer, transformar um elemento em outro. E o impressionante é como Jesus manipula os elementos. Não existe nenhum sensacionalismo, como diz o professor Dr. Paulo Garcia em uma de suas aulas na UMESP, não há nenhum charme neste milagre. Isso porque Jesus manda apenas encher com água aquelas talhas de pedra e depois manda os serventes levarem até o mestre-sala.

Jesus não chama a atenção de ninguém para o momento do milagre, não manipula a água, nem sequer toca nela. O objetivo é mostrar que tudo acontece pelo PODER DA SUA PALAVRA. Ele é o Criador de tudo, portanto, tem poder para mudar, alterar quando quiser e como quiser.

Ele manda encher as talhas de pedra que ali estavam para a purificação dos judeus. Isso era uma exigência da Lei de Moisés porque um judeu em contato com um gentio deveria se purificar. Isso era ir até essas talhas e um serviçal jogaria água em suas mãos que derramada no chão levaria as impurezas. Nessas talhas cabiam, conforme o texto, em cada uma, duas ou três metretas – medida grega que equivaliam a 35 ou 40 litros.

Após terem sido cheias, Jesus mandou tirar e levar ao mestre-sala, o especialista da festa que atestava a qualidade do vinho servido. Este ao experimentar a água feito vinho chama ao esposo e o questiona sobre ter deixado o melhor vinho para o final da festa agindo contrário à normalidade que era deixar o pior para o final.

A explicação do mestre-sala no final do v. 10 era uma explicação natural para o milagre que havia acontecido, mas afinal o sinal não era para ele e nem mesmo para os convidados em geral, e sim para os discípulos de Jesus que viram a Sua Glória e creram Nele (v. 11)

Então os discípulos chegaram à conclusão que aquele homem não era um homem comum como aparentava ser. Ele tinha o mesmo poder que tem Deus de transformar os elementos, dessa forma poderiam associá -lo às profecias a respeito do Messias.

No Primeiro Testamento o Senhor manifestava a Sua Glória pelos sinais que operava, isso se encontra em vários textos como por exemplo nos Salmos, então os discípulos vendo Jesus fazendo o mesmo deveriam enxergar a mesma Glória em Jesus, Glória que estava oculta até então ( Jo 1.14 ). A principal lição do texto é mostrar que Jesus é o EMANUEL, o cumprimento das profecias, O Criador de todas as coisas, ou seja, o próprio Deus.

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Convite pra pregação.



Fui convidado para pregar e agora o que faço?

 

       Muito interessante a pergunta porque me fez refletir sobre a situação da pregação no Brasil, afinal o que é pregação? Mas antes de responder a esta pergunta, tratarei daquela.

         A grande questão é a seguinte: O pregador prega porque tem uma mensagem da parte de Deus para o povo, na situação da pergunta é o contrário, o “pregador” foi convidado para pregar, no entanto, não tem mensagem. A situação é gravíssima e mostra a situação caótica em que a igreja está vivendo na atualidade.

         No Brasil está realmente tudo invertido, seria como ter uma vaga em um hospital para médico especializado e simplesmente a diretoria responsável pela saúde encontra e chama você para ocupar a vaga, então você se pergunta: fui convidado para ser médico em tal hospital e agora?

         Bem agora você vai ler alguns livros e fazer algumas pesquisas e assume o cargo amanhã. Você faria isso? Mas por que se faz com a pregação? A pregação trata com algo mais urgente que a saúde física – a espiritual – e mais ainda; vida eterna. Vou fazer a pergunta de outro ponto de vista: você se trataria com o médico dessa situação hipotética? Pois é.

         É lamentável como muitos dirigentes de congregação e “pregadores” tratam a pregação. Na realidade quem se encontra em uma situação como essa não pode dizer que é pregador. Pregação é um ministério, é uma chamada de Deus, e não de homem.

         O pregador sempre tem uma mensagem da parte de Deus para entregar para o povo. Nunca ocorrerá de ficar perguntando e agora o que faço? Contudo a resposta é simples: não faça. Porque você pode estar usurpando um lugar que não é seu, ao menos quando nem sabe do porquê que foi convidado.

         Pregação é o ato de proclamar uma mensagem. Henry Ward Beecher a chamou de “a arte de conduzir os homens de uma vida mais baixa a outra mais elevada”. O pregador é comparado a um arauto do rei. Já imaginou um arauto ir para frente de um povo reunido e não ter consigo a mensagem do rei para entregar? Então para não perder a viagem ou a oportunidade tira algumas coisas da cabeça para falar ao povo. E o povo recebe como que recebendo do próprio rei. Mas um dia o rei tomará conhecimento deste ato atrevido daquele que se passou por um arauto e falou algo que o rei não falou!

Jesus o Bom Pastor

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Esqueleto do Sermão



Pregação escrita, de memória ou esboço?

Ter uma orientação no momento da pregação é imprescindível para o pregador. Por isso a ferramenta do esboço se torna um elemento de suma importância para o orador. Todos que têm a incumbência de falar em público necessitam ter clareza na fala e não se perder na concatenação das ideias. Assim alguns carregam consigo o texto escrito em sua totalidade, outros preferem se utilizar da memória e ainda um terceiro grupo prefere o esboço.

Há muitos preconceitos quando o assunto é escrever a pregação, principalmente no meio pentecostal, porque se tem a ideia de que o Espírito Santo não está agindo pois não tem liberdade com o pregador lendo. Isso é uma falácia.

A ação do Espírito Santo está na Palavra, portanto o erro está em uma pregação cuja base não é a Palavra de Deus, ou quando é, ela é mal entendida e consequentemente mal interpretada. Então o agir de Deus não está ligado à maneira que se transmite a mensagem, mas no conteúdo.

Quando a homilética trata o assunto é a respeito de uma ferramenta humana. Então entenda bem, Deus dá ao homem uma mensagem para este transmitir para outro grupo de homens. O maior problema está do homem para o homem.

Por isso, para transmitir com clareza e objetividade a mensagem recebida, o homem se utilizará de ferramentas que lhe ajudarão a ser eficaz na transmissão da mensagem. Nesse caso cada indivíduo deve procurar a melhor maneira de transmitir: escrever totalmente para não esquecer de nada; caso tenha uma boa memória, prega de cor; ou ainda, leve um esboço.

Contudo, considere que o principal objetivo do pregador é fazer com que o seu público entenda mensagem que tem para transmitir. Então se consegue alcançar este objetivo pregando de cor, faça; se não, escreva.

        Tanto em uma situação como em outra o pregador precisa ter estudado o texto que irá pregar. Às vezes se pensa que escrevendo facilitará no momento da pregação, mas se o texto não for estudado não conseguirá escrever nada. 
Copiar uma mensagem é um grande pecado. Tomar uma mensagem emprestada é plágio e isso é crime.

segunda-feira, 11 de maio de 2020

Exegese e Eisegese

Toda a pesquisa de um texto, ou um estudo, pressupõe evidentemente que se comece por um texto. Logo, o primeiro passo é ir até ao texto – isso é Eisegese – é adentrar o texto. Contudo, o problema é que muitos levam pensamentos, ideias adquiridas de terceiros para dentro do texto e quando sai do texto sai com poucas novidades. Muitas vezes se vai ao texto buscando confirmação daquilo que já é um pensamento formado e isso constitui a Eisegese. É colocar ideias no texto que não foi a intenção do autor.

Quanto ao termo, exegese significa: “extrair, tirar fora, conduzir fora”. Exegese é, pois, a extração dos pensamentos que assistiam ao escritor ao redigir determinado documento.

A exegese vale-se dos princípios, das regras e métodos hermenêuticos. Por isso não há como examinar o texto sem o conhecimento das regras da hermenêutica. Deste modo não há como separar hermenêutica da exegese, embora, aquela preceda esta.

O primeiro passo de quem estuda as Escrituras é entender o texto em sua origem. Esse é o primeiro momento da hermenêutica, entender o sentido e o significado do texto para seus primeiros ouvintes. Por mais absurdo que seja a interpretação para os dias atuais. Nesse primeiro momento não cabe espiritualização do texto, tão pouco contextualização (aplicação).

A partir do momento que se está de posse do sentido e significado original do texto, chegou o momento da hermenêutica própria dita, é a hora da interpretação. Esta é a ocasião para se descobrir a pertinência do texto para os dias atuais. Agora é com a interpretação do texto. Por isso se faz necessário conhecer a diferença entre “compreensão textual e interpretação textual”.

Caso o trabalho exegético não seja bem feito, haverá prejuízo para a interpretação e consequentemente para a aplicação. Uma leitura “rasa”, ou seja, superficial não irá possibilitar uma boa compreensão textual. Siga os passos desse quadro. Quanto a aplicação está a cargo da homilética.

             Leia também sobre a Hermenêutica Bíblica.

Divisões da Teologia

DIVISÕES DA TEOLOGIA

 

Por constituir um vasto campo, a Teologia está dividida em muitos departamentos, tendo em vista facilitar o seu estudo. Vejamos quais são com maiores detalhes.

 

TEOLOGIA EXEGÉTICA

Em sentido literal, o termo exegética, vem da palavra grega que expressa “tirar o sentido para fora do texto”, “sacar” ou “extrair” a verdade. Assim, a Teologia Exegética procura no estudo do Texto Sagrado trazer à luz o seu verdadeiro sentido. Aqui, se estuda as Línguas Originais, a Arqueologia Bíblica, Introdução Bíblica e Hermenêutica Bíblica.

 

TEOLOGIA HISTÓRICA

Estuda a trajetória do povo de Israel e da Igreja Cristã, a História dos Hebreus e a História da Igreja. Considera o desenvolvimento histórico da doutrina, mas também investiga as variações sectárias e heréticas da verdade. Abrange portanto, história bíblica, história da igreja, história das missões, história da doutrina e história dos credos e confissões.

 

TEOLOGIA BÍBLICA

Sistematiza as doutrinas de acordo com as suas ocorrências nas diversas partes da Bíblia, como são apresentadas por cada escritor sacro. Aqui, se estuda a Teologia Bíblica do Antigo e do Novo Testamentos. A teologia bíblica extrai o seu material exclusivamente da Bíblia.

 

TEOLOGIA SISTEMÁTICA

Encarrega-se de coordenar todos os ensinos das Teologias anteriores e sistematizá-las sob os grandes títulos do estudo teológico. Também conhecida como Teologia Reformada, estuda Teologia, Cristologia, Paracletologia, Angelologia, Hamartiologia, Antropologia, Eclesiologia, Escatologia e Soteriologia.

 

A amplitude de seus estudos é justificada pelo caráter lícito de usar outras fontes, enquanto verdades, para o estudo da teologia. Por isso, dizemos que a Teologia Sistemática incorpora, em seu escopo, o exame das ciências naturais.

 

TEOLOGIA DOGMÁTICA

Estuda-se os credos das igrejas, a Apologética, Polêmica e Ética.

 

TEOLOGIA PRÁTICA

Sistematiza e ordena a aplicação das doutrinas de modo prático e direto no homem. Estuda Homilética, Liturgia, Administração Eclesiástica, Educação Cristã e Missões. Além disso, busca aplicar à vida prática os ensinamentos das outras teologias para edificação, educação e aprimoramento dos homens.

 

TEOLOGIA NATURAL

Estuda fatos que se referem a Deus e Seu universo revelados na natureza.

Fonte: https://cursos.escolaeducacao.com.br/artigo/divisoes-da-teologia


quinta-feira, 2 de abril de 2020

Homilética


De maneira alguma tal estudo anula a inspiração do Espírito Santo. A homilética apenas coloca os pensamentos inspirados por Ele numa ordem tal que facilita a exposição do sermão. O pregador deve se preparar da melhor forma possível, através da oração e da meditação nas Escrituras, para apresentar mensagens poderosas e com unção divina.
Vamos aprender o que é homilética e qual a sua importância para o pregador. Afinal pregar não é tão simples como se pode julgar à primeira vista e que, conhecendo algumas regras de como preparar sermões, o nosso ministério será mais bem sucedido.
Homilética é ciência quando considerada sob ponto de vista de seus fundamentos teóricos, históricos, psicológicos e sociais, como disciplina teológica é o ramo da teologia prática e das habilidades ministeriais que trata das regras relativas à pregação e à entrega dos sermões.
O pregador não cria mensagem, ela está no texto bíblico. O papel do pregador é elaborar o sermão e proclamar a mensagem do Senhor. Então a mensagem não é do pregador, mas sim do Senhor. A mensagem para o pregador está clara, afinal a recebeu do Senhor, no entanto, para seus ouvintes não; e aqui está o principal papel do pregador – tornar essa mensagem clara para os seus ouvintes. Então no momento de transmitir é que entra em cena o elemento humano, tanto para transmitir como para receptar. E é aqui que aparecem as barreiras entre a Palavra de Deus e os homens. Daí a homilética visa aperfeiçoar o trabalho tanto da preparação quanto da transmissão da mensagem.
Quando o pregador recebe de Deus uma mensagem a proclamar e essa forma de receber vai variar de pessoa para pessoa. Para alguns o Senhor lhes entregará um assunto a tratar; nesse caso o pregador buscará o texto, não para encaixar a mensagem, mas sim de qual texto ela se originou. Dessa forma o Senhor deixou um trabalho maior para o pregador. Em outra situação o Senhor dará o texto, cabendo ao pregador compreendê-lo e transmitir a mensagem ali contida. Em meu entender este meio é o mais fácil. Em ambos os métodos o pregador precisará do conhecimento da exegese.
Em todos os casos o Senhor deixou o árduo trabalho para o homem. Tanto da preparação quanto da proclamação da mensagem. No momento da proclamação do sermão, que é a pregação propriamente dita, o pregador se deparará com muitas barreiras que futuramente abordarei aqui. Por ora é necessário conhecer algumas técnicas da homilética e hermenêutica para dirimir essas barreiras e para auxílio nesse mister é muito bom conhecer o esqueleto do sermão. E também conhecer a diferença entre sermão e pregação.