2.1-11
Jesus não fazia sinal sem que houvesse um propósito
específico.
Bodas
era uma festa de casamento que durava ao menos uma semana e era obrigação dos
pais da noiva alimentar, dar pousada e cuidar dos convidados enquanto durasse a
festa. E o vinho era a bebida principal na cultura judaica, era o símbolo da
alegria. Então faltar vinho era desonroso.
Esta
festa onde se encontrava a mãe de Jesus, Jesus e também os seus discípulos era
de uma família, aparentemente, simples pois não havia vinho suficiente para a
festa toda. E Jesus é comunicado por sua mãe deste fato. Embora Jesus tenha
respondido à sua mãe que seu tempo ainda não chegara, ela diz aos serventes que
eles deveriam fazer tudo o que Jesus dissesse. Talvez como mãe conhecesse bem o
seu filho ao ponto de ter essa segurança.
A
palavra de Maria é sábia pois disse “fazei tudo quanto Ele vos disser”. Tal
expressão não deve ficar sem destaque, afinal é assim que deve ser o
procedimento de todos os homens, obedecer a Palavra de Jesus, é nisso que
consiste a vitória, a solução do problema. Nunca ao contrário.
O
destaque do milagre começa a surgir pois Jesus transforma água em vinho, ou
seja, uma mudança ou transformação química que o ser humano não tem poder para
fazer, transformar um elemento em outro. E o impressionante é como Jesus
manipula os elementos. Não existe nenhum sensacionalismo, como diz o professor Dr.
Paulo Garcia em uma de suas aulas na UMESP, não há nenhum charme neste milagre.
Isso porque Jesus manda apenas encher com água aquelas talhas de pedra e depois
manda os serventes levarem até o mestre-sala.
Jesus
não chama a atenção de ninguém para o momento do milagre, não manipula a água,
nem sequer toca nela. O objetivo é mostrar que tudo acontece pelo PODER DA SUA PALAVRA. Ele é o Criador de tudo, portanto,
tem poder para mudar, alterar quando quiser e como quiser.
Ele
manda encher as talhas de pedra que ali estavam para a purificação dos judeus.
Isso era uma exigência da Lei de Moisés porque um judeu em contato com um
gentio deveria se purificar. Isso era ir até essas talhas e um serviçal jogaria
água em suas mãos que derramada no chão levaria as impurezas. Nessas talhas
cabiam, conforme o texto, em cada uma, duas ou três metretas – medida grega que
equivaliam a 35 ou 40 litros.
Após
terem sido cheias, Jesus mandou tirar e levar ao mestre-sala, o especialista da
festa que atestava a qualidade do vinho servido. Este ao experimentar a água
feito vinho chama ao esposo e o questiona sobre ter deixado o melhor vinho para
o final da festa agindo contrário à normalidade que era deixar o pior para o
final.
A
explicação do mestre-sala no final do v. 10 era uma explicação natural para o
milagre que havia acontecido, mas afinal o sinal não era para ele e nem mesmo
para os convidados em geral, e sim para os discípulos de Jesus que viram a Sua
Glória e creram Nele (v. 11)
Então
os discípulos chegaram à conclusão que aquele homem não era um homem comum como
aparentava ser. Ele tinha o mesmo poder que tem Deus de transformar os
elementos, dessa forma poderiam associá -lo às profecias a respeito do Messias.