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quinta-feira, 2 de abril de 2020

Homilética


De maneira alguma tal estudo anula a inspiração do Espírito Santo. A homilética apenas coloca os pensamentos inspirados por Ele numa ordem tal que facilita a exposição do sermão. O pregador deve se preparar da melhor forma possível, através da oração e da meditação nas Escrituras, para apresentar mensagens poderosas e com unção divina.
Vamos aprender o que é homilética e qual a sua importância para o pregador. Afinal pregar não é tão simples como se pode julgar à primeira vista e que, conhecendo algumas regras de como preparar sermões, o nosso ministério será mais bem sucedido.
Homilética é ciência quando considerada sob ponto de vista de seus fundamentos teóricos, históricos, psicológicos e sociais, como disciplina teológica é o ramo da teologia prática e das habilidades ministeriais que trata das regras relativas à pregação e à entrega dos sermões.
O pregador não cria mensagem, ela está no texto bíblico. O papel do pregador é elaborar o sermão e proclamar a mensagem do Senhor. Então a mensagem não é do pregador, mas sim do Senhor. A mensagem para o pregador está clara, afinal a recebeu do Senhor, no entanto, para seus ouvintes não; e aqui está o principal papel do pregador – tornar essa mensagem clara para os seus ouvintes. Então no momento de transmitir é que entra em cena o elemento humano, tanto para transmitir como para receptar. E é aqui que aparecem as barreiras entre a Palavra de Deus e os homens. Daí a homilética visa aperfeiçoar o trabalho tanto da preparação quanto da transmissão da mensagem.
Quando o pregador recebe de Deus uma mensagem a proclamar e essa forma de receber vai variar de pessoa para pessoa. Para alguns o Senhor lhes entregará um assunto a tratar; nesse caso o pregador buscará o texto, não para encaixar a mensagem, mas sim de qual texto ela se originou. Dessa forma o Senhor deixou um trabalho maior para o pregador. Em outra situação o Senhor dará o texto, cabendo ao pregador compreendê-lo e transmitir a mensagem ali contida. Em meu entender este meio é o mais fácil. Em ambos os métodos o pregador precisará do conhecimento da exegese.
Em todos os casos o Senhor deixou o árduo trabalho para o homem. Tanto da preparação quanto da proclamação da mensagem. No momento da proclamação do sermão, que é a pregação propriamente dita, o pregador se deparará com muitas barreiras que futuramente abordarei aqui. Por ora é necessário conhecer algumas técnicas da homilética e hermenêutica para dirimir essas barreiras e para auxílio nesse mister é muito bom conhecer o esqueleto do sermão. E também conhecer a diferença entre sermão e pregação.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Mt 24.15

Mt 24.15

Na continuidade do estudo de Mt 24 será analisado o versículo 15. “Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo (quem lê, que entenda)”. Portanto é necessário relembrar o capítulo 9.26,27. Estude as Setenta Semanas de Daniel.

Na metade da última semana em que foi tirado o Messias a profecia diz a respeito do povo do príncipe que viria destruiria a cidade e o santuário e que haveria guerra até ao fim, portanto estão determinadas as assolações.  Observe que reaparece a expressão já estudada anteriormente – até ao fim – agora aparece uma nova expressão “destruição da cidade e do santuário”. Fica claro que é a cidade de Jerusalém e o templo, qualquer entendimento textual diferente é forçar o texto.

É sempre necessário marcar um referencial par o estudo, no caso é o momento em que o Messias fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre as asas das abominações virá o assolador e isso até a consumação. Bem retornando para a fala de Jesus em Mt. 24 tem-se o momento exato da profecia de Daniel – o Messias ainda está presente, ou seja, ainda não terminou a primeira metade da última semana. Contudo, ainda está respondendo à pergunta dos discípulos “quando serão essas coisas” estudo das três perguntas. Jesus dá um novo referencial.

Estava próxima a morte de Jesus com a qual ele seria então tirado e cessaria os sacrifícios, como já visto que eram sombras que se cumpriram no próprio Cristo. Então segundo o ensino de Jesus para seus discípulos o versículo profético de Daniel ainda não havia se cumprido, contudo eles (os discípulos) veriam o início do cumprimento (v. 15).

Na aula presencial chamo a atenção para o cuidado que se deve ter com as epígrafes, pois separam os assuntos fracionando a leitura e muitas vezes induzindo à interpretação preconcebida como, por exemplo, a epígrafe entre os vvs. 14 e 15 que diz que o assunto a ser tratado é respeito da grande tribulação. Bem não deixa de ser uma grande tribulação que viria, mas não é a respeito da “A grande tribulação” e mesmo porque a expressão nem mesmo aparece no texto.

Na realidade o cumprimento deste versículo (15) se deu com a invasão do comandante romano, Tito. Isso foi terrível para os judeus que viram a cidade de Jerusalém sendo invadida e o templo sendo destruído cumprindo-se a profecia de Daniel e o que Jesus falara que não ficaria pedra sobre pedra. Portanto, Dn 9.27 última parte do versículo e Mt 24.15 estão no mesmo tempo.  Com essa guerra e as que se seguiriam muitos judeus foram mortos.

Segundo a profecia de Daniel isso duraria até ao fim. Como já estudado o fim se dará com a volta de Jesus e Ele próprio alerta os seus discípulos para não dar atenção para aqueles que marcariam a sua volta, pois quando ela ocorrer todos os olhos hão de ver não será de modo secreto. No nosso próximo estudo v. 29.

sábado, 21 de setembro de 2019

O Livro de Deuteronômio




Moisés tinha então 120 anos, e a Terra Prometida estava a sua frente. Ele tirou os israelitas e os guiou pelo deserto para receber a Lei de Deus no Monte Sinai. Por causa da desobediência de Israel em se recusar a entrar na terra de Canaã, a Terra Prometida, os israelitas perambularam sem destino no deserto por trinta e oito anos. Agora se achavam acampados na fronteira oriental de Canaã, no vale defronte de Bate-Peor, na região montanhosa de Moabe, de vista para Jericó e a planície do Jordão. Quando os israelitas se preparavam para entrar na Terra Prometida, depararam-se com um momento crucial em sua história – novos inimigos, novas tentações e nova liderança. Moisés, reuniu o grupo para lembrá-los da fidelidade do Senhor e para encorajá-los a serem fiéis e obedientes ao seu Deus quando possuíssem a Terra Prometida.
Esta nova geração precisa compreender quem eles eram, onde eles tinham sido originados e o que Deus queria para eles e com eles quando adentrassem a Terra Prometida. Enquanto esperam o momento oportuno para possuírem a terra Moisés explica para eles a Lei (Dt 1.5). Moisés peregrinou junto com o povo no deserto, então o relacionamento com o povo agora é um pouco mais carinhoso, pois não quer que estes sigam as pisadas de seus pais. Para tanto faz uma recapitulação de tudo o que acontecera no deserto durante os trinta e oitos anos que por ali andaram.

Entendimento textual e Interpretação de texto




Três dicas importantes

Uma das maiores deficiências daqueles que falam a auditórios nos dias de hoje, como por exemplo em igrejas, está em não dominar essas duas artes acima mencionadas. Infelizmente muitos ainda têm aquela ideia de que a fala tem de ser “inspirada” – entende-se por inspirada aquela fala improvisada. Contudo, isso é um ledo engano porque o discurso preparado pode ser inspirado e, além disso, ser elegante. Lembrando que o fato de um discurso religioso ser inspirado ou não, não está ligado ao improviso ou ao preparo. Mas este não é o conteúdo da nossa conversa no momento.
A nossa conversa hoje é a respeito de entendimento textual. Sendo assim quero deixar aqui três dicas importantes sobre o assunto para aqueles que querem explanar a Palavra de Deus.
A primeira dica é lembrar-se que a Bíblia possui duas naturezas – a espiritual e a humana. A nossa abordagem é a respeito da natureza humana. Quando se trata de natureza humana estamos falando de que a Bíblia é um livro e, portanto, sujeito a regras de gramática do vernáculo em que foi escrito, em nosso caso, evidentemente, o português. Por isso buscar o conhecimento do assunto acima colocado não prejudicará a parte espiritual, mas sim será um aliado do orador para a parte humana. Lembre-se que Deus conta com o homem para a nobre tarefa da pregação e, portanto, quanto mais preparado estiver será vaso útil para o Senhor (Ec 10.10).
A segunda dica é dedicação à leitura, afinal para se alcançar uma boa compreensão de um texto é imprescindível muita leitura. Caso você não tenha prazer na leitura, então não poderá também falar com segurança e autoridade. Muitos pensam que uma leitura rasa do texto já o habilitará para a fala diante de um auditório. E quando menciono a muita leitura não é apenas de textos sagrados, mas também de outros textos que contribuam para o aumento principalmente do nosso vocabulário.
 A terceira dica é anotar tudo que lhe chamou a atenção no texto que você leu. Todos os textos possuem partes importantes que a um leitor superficial não é percebido. Você pode começar anotando o assunto principal do texto, depois ache a divisão natural do texto como, por exemplo: introdução, desenvolvimento e conclusão. Uma vez feito isso anote também as palavras principais do texto e as que você não conhece, com um auxílio de um dicionário, busque o sinônimo da tal palavra não só para a compreensão do texto, mas também para aumentar o banco de dados do seu conhecimento com novas palavras.
Essas são as dicas para o momento, acompanhe as nossas publicações que virão com novidades e em breve também cursos de hermenêutica e homilética.